Em mais uma ação contra os circos com animais, imagens de um empregado batendo nos animais do Circo Estoril foram parar na redação do programa Fantástico, da Rede Globo e irão ao ar neste domingo, dia 2 de novembro. O empregado estava há 5 meses na empresa e há um mês e meio trabalhava com os animais.
Em nota oficial, a proprietária do Circo Estoril, Luzdalma Portugal se manifesta contra à atitude do funcionário e diz ser este um caso isolado. Luzdalma afirma ainda que quando houve desconfiança de maus tratos aos animais, o empregado foi remanejado para sua antiga função, de montagem e desmontagem da lona e que os animais gozam de boa saúde, o que pode ser atestados por documentos clínicos e a opinião de médicos veterinários que realizam acompanhamento contínuo. A proprietária do circo afirma que o IBAMA realizou três visitas técnicas ao circo durante sua temporada em Salvador (BA) e não identificou nenhuma irregularidade.
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AUDIÊNCIA SOBRE O CASO SERÁ NO DIA 4
A Associação Brasileira Terra Verde Viva, o Instituto Arca de Noé-Proteção aos Animais e Preservação do Meio Ambiente, o Ministério Público do Estado da Bahia e a União Defensora dos Animais-Bicho Feliz, moveram uma ação contra o Circo Estoril sobre este caso, considerado pela direção do circo como inadmissível. A audiência está marcada para a próxima terça-feira (4 de novembro), onde o circo apresentará todos os documentos comprovando a idoneidade da administração e o bom trato dos animais. O Circo afirma também que já está tomando as medidas cabíveis ao agressor dos animais.
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CONFIRA AGORA NOTA OFICIAL ESCRITA PELA PROPRIETÁRIA DO CIRCO ESTORIL, LUZDALMA PORTUGAL AO CIRCOMUNICANDO:
01.11.08 – Nota Oficial
Antecipando-se a exibição de um vídeo no Fantástico (Rede Globo), onde animais do Circo Estoril são maltratados pelo ex-funcionário Alexandre Pereira, afirmamos que se trata de um caso isolado e condenado pela própria administração, cujo conhecimento deu-se ontem (31 de outubro) a partir da gravação da entrevista para o referido programa. Informamos que ele foi admitido em 10 de fevereiro de 2008, tendo trabalhado durante cinco meses. As funções por ele executadas foram montagem e desmontagem da estrutura do circo (três meses e meio) e limpeza da área e auxílio na alimentação dos animais (um mês e meio). Justamente pela desconfiança de maus-tratos dos animais, que foi comprovada apenas ontem, ele foi transferido para a sua antiga função, sendo afastado do trato direto com os mesmos e neste momento, ele solicitou demissão no dia 11 de julho de 2008. Acreditamos que as imagens coletadas e apresentadas no programa Fantástico (Rede Globo) do dia 2 de novembro de 2008, são do período em que o Circo Estoril esteve apresentando-se na cidade de Feira de Santana. Neste local, estivemos presentes entre os dias 30 de maio e 20 de julho de 2008. Informamos que os nossos animais gozam de boa saúde e são bem tratados, o que pode ser atestado por documentos clínicos e a opinião de médicos veterinários que realizam o acompanhamento contínuo. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) realizou três visitas técnicas (durante a estadia em Salvador) não tendo identificado nenhuma irregularidade, o que reforça nossa argumento. Certos de que a situação será esclarecida, informamos que o Circo Estoril está tomando as medidas cabíveis contra o agressor dos animais.
Histórico – Fundado há dez anos por família portuguesa, o Circo Estoril já passou por cidades de todo Brasil e América Latina levando magia para públicos de todas as idades.
Campanha contra os Circos – Na oportunidade, informamos que há um processo de ação pública (2295661-2/2008), cujos autores são a Associação Brasileira Terra Verde Viva, o Instituto Arca de Noé-Proteção aos Animais e Preservação do Meio Ambiente, o Ministério Público do Estado da Bahia e a União Defensora dos Animais-Bicho Feliz, contra o Circo Estoril sobre este caso isolado e inadmissível. A audiência está marcada para a próxima terça-feira (4 de novembro), onde apresentaremos todos os documentos comprovando a idoneidade da administração e o bom trato dos animais.
Pressão Nacional - No total, estima-se que mais de 50 mil pessoas – entre empregados e familiares – correm o risco de perderem seu meio de sobrevivência caso a justiça e os congressistas não compreendam a pressão exercida por ONGs e optem pela proibição da utilização de animais em espetáculos circenses, contida em alguns projetos de lei em tramitação no Legislativo Federal, em paralelo à proposta original do movimento circense, contemplada no projeto original da Lei do Circo - Projeto de Lei do Senado número 397, de 2003, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Ameaça à profissão de domadores e tratadores de animais
Dos cerca de 2.500 circos itinerantes do Brasil, 70% ainda mantêm animais em seus números artísticos. Vale lembrar que um elefante (com valor aproximado de US$ 200 mil), ursos (avaliados em US$ 50 mil cada), girafas (US$ 70 mil), custam caro para as empresas circenses, pois se alimentam de vários quilos de carne, peixes, alfafa e outros alimentos por dia. Daí, mais uma vez, a abordagem simplista das campanhas contrárias à existência desses animais em circo, como se os circenses não estivessem interessados em preservar seu patrimônio, cuidando bem desses animais. Sem contar os cuidados veterinários e outros cuidados do dia a dia. Como um segmento reconhecidamente relevante na formação do patrimônio artístico e cultural do País, e especialmente invocando a liberdade de expressão que deveria ser preservada de forma geral e irrestrita numa nação democrática, refutamos a campanha de difamação que tem apontado, de forma indiscriminada, os circos como causadores de maus tratos de animais. Da mesma forma, refutamos a distorção dos fatos nessa cruzada, na qual as ONGs reduzem uma situação complexa – que envolve uma atividade econômica, trabalhadores e profissionais que dependem dessa atividade e existem em decorrência não apenas de uma tradição artístico-cultural, mas inclusive da permissão legal na Constituição Federal e nas leis federais -, à simples questão de que “circo legal não tem animal”.
Fontes:
- Luzdalma Portugal (proprietária do Circo Estoril) - T: (77) 9126-0666
- Jean Tarcio (advogado) - T: (71) 9129-8188
- Fernando Marinho (presidente do Sated-BA) - T: (71) 3322-2098
- Gilton Marques (veterinário) - T: (71) 3248-2678 / 9973-1364
- Sula Mavrudis (presidente nacional da rede de apoio ao circo e diretora da área de Circo no Sated-MG) - T: (31) 8825-4673
- Alda Laborda (assessora do núcleo de artes circenses da Fundação Cultura do Estado da Bahia - Funceb) - T: (71) 3103.4032
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TEMA PARA DEBATE
O CASO DO FUNCIONÁRIO DO CIRCO ESTORIL QUE FOI FLAGRADO PELAS CÂMERAS DO FANTÁSTICO BATENDO E MALTRATANDO ANIMAIS SURGE EM MEIO AO ADIAMENTO DA VOTAÇÃO SOBRE A PERMANÊNCIA DE ANIMAIS EM CIRCO E LEVANTA ALGUMAS POLÊMICAS: ESTARIAM AS ONGs POR TRÁS DE TUDO ISSO? QUE INTERESSE TÊM ESSAS ENTIDADES? POR QUE NÃO PERSEGUEM O RODEIO DE BARRETOS? CLIQUE EM COMENTÁRIOS E DÊ SUA OPINIÃO: