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OPINIÃO DO STRAPA
A hora do almoço no Circo Spacial era mais do que o momento da refeição. Era o momento de, além de se deliciar com os pratos servidos pelo casal Tangará, também de receber uma aula de dedicação, de experiência de vida, de arte e principalmente de amor. Nada no circo Spacial me encantava mais do que a cozinha. Quanta organização! E o casal Tangará era responsável por tudo isso. Como era bom almoçar ouvindo as histórias do seu Durbes, e vendo o sorriso encantador de Dona Cleide. Sorriso tão encantador que Deus decidiu ver bem de perto.
No último domingo, o circo ficou mais triste.
Perdemos dona Cleide, perdemos seu sorriso, perdemos suas deliciosas refeições, perdemos a amiga, a mãezona, a conselheira; mas ganhamos um anjo. Penso muito em seu Durbes. Ele vivia para dona Cleide, demonstrava seu amor por ela em cada gesto, em cada palavra, até no olhar. Rezo para que Deus dê forças à ele.
A última vêz que vi dona Cleide foi há 4 anos atrás, quando me despedi dela para ir trabalhar no circo do Beto Carrero. Foi o último abraço. Depois disso, algumas vezes nos falamos por telefone. Assim como seu Durbes, dona Cleide irá ficar para sempre guardada em meu coração, no cantinho chamado ternura. Acho que essa palavra a define bem: ternura. Seu sorriso vai ficar na memória de todos, sua vida foi uma lição para muitos e o amor perdeu uma de suas protagonistas. Esse amor, que ela esbanjava, precisa ser o porto seguro para que seu Durbes continue a viver. Que a lembrança do sorriso de dona Cleide dê a força que seu Durbes precisa. E que os conselhos que ela sempre nos deu sejam ensinamentos eternos para todos que tiveram o prazer de terem convivido com ela.