ENTREVISTAS I

Leia agora as primeiras 17 entrevistas realizadas pelo Circo News:

ENTREVISTA PUBLICADA EM 7 DE SETEMBRO DE 2009

FINALMENTE MÁRIO JÚNIOR VAI EXPLICAR...


ABRINDO A NOVA TEMPORADA DO BLOG CIRCO NEWS, A ENTREVISTA, QUE ANTES MESMO DE SER PUBLICADA JÁ HAVIA SE TRANSFORMADO NUMA GRANDE POLÊMICA. AFINAL, QUEM FALA O QUE PENSA SEMPRE É POLÊMICO. E ELE FALA O QUE REALMENTE PENSA, SEM RODEIOS. ESTA ENTREVISTA VALE A PENA LER. COM VOCÊS MÁRIO FERREIRA CAÇÃO JÚNIOR.

 

FICHA TÉCNICA:
Nome completo: Mário Ferreira Cação Junior
Idade: 29 anos
Empresa: Circo Fantástico Globo
Função: Empresário
Circos que já trabalhou: Circo Sul América de Rodeio e circo do Linguiça
O que já fez em circo? Malabares, locução, magia, capataz, palhaço e globo da morte.
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1) Vamos começar com a pergunta que não quer calar. Qual é o jeito "linguiça" de tocar circo?
Mário: Muito trabalho, honestidade, humildade, preço popular e uma folha que dá para pagar e ajuda de todos que trabalham com a gente.
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2) O Fantástico Globo é conhecido por ser um circo de ambiente familiar, onde os artistas trabalham com liberdade, têm vendas boas e convivem em harmonia com os proprietários. Você acha que essa harmonia gera o respeito e por isso, o circo se torna organizado? Por quê?
Mário: Eu acho que poderia ser muito mais organizado do que é, mas é difícil manter tudo como a gente queria que fosse. A harmonia gera respeito sim, mas uma hora ou outra vai ter alguma coisa que não te agrada, tem que saber lidar com isso e esperar o tempo passar, não adianta discutir, chingar, mesmo sabendo que está certo, tem hora que é melhor ficar quieto porque quem está errado depois vai saber e voltar atrás. Tem palavras que as vezes doi mais do que um murro, o difícil é se segurar né? rsrsr.
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3) Circos que foram potências como Garcia e Di Roma fecharam por problemas financeiros. Em compensação, novos circos se mostram com uma ótima saúde financeira. Alguns falam que é muito trabalho, outros dizem que é sorte. Na sua opinião, qual o fator que mais contribui para o sucesso de um circo?
Mário: Você trabalhar e não passar as pessoas para trás. Automaticamente você vai ter sorte. Deus está vendo isso, respeitar as pessoas, ser humilde, trabalhar, correr atrás das coisas, achar que as pessoas da cidade sao loks, isso é uma bobagem, eu acho ridículo chamar as pessoas da cidade de lok. São eles que veem no circo, eles tem apartamentos, carros de luxo, so pisam no barro quando vão pra fazenda ou no circo rsrs e tem gente que chama o pessoal de lok rsrsr eu amo circo senão eu estaria na cidade trabalhando e tendo minha vida tranquila sem enfrentar riscos e nem colocando tudo que a gente tem que é o circo em risco. Para perder um circo basta vir um temporal e acabar com tudo que a gente levou anos para construir, por isso que precisamos de sorte que só vem com trabalho, repito, honestidade e humildade. Eu não estou dizendo que o Di Roma e o Garcia fecharam porque fizeram isso ou aquilo, longe de mim julgar os outros, mesmo que eu não conheci essas pessoas para falar isso, só eles sabem realmente porque fecharam mas quem sabe um dia voltam, um nome forte eles tem.
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4) Você acha que as regras são válidas para todos os circos? Ou seja, um circo que fecha é sempre por má administração? Por quê?
Mário: Olha, eu acho que nem sempre é má administração. Tem o fator stress, tem o fator "não aguento mais", e às vezes aparece uma oportunidade de outro investimento e o circo não vai bem, a pessoa acaba deixando se levar e fecha o circo. Em tudo tem a época das vacas magras e das vacas gordas, saber aplicar bem o dinheiro é muito importante nessa época tem pessoas que critica o método "linguiça" de tocar, critica o preço, o espetáculo, fala que a gente só tem carro novo e um cirquinho, mas quando nós entramos na época das vacas magras, nós continuamos andando igual, se precisar fazer dinheiro rápido para pagar alguma dívida ou mudar a gente vende um carro desses ou um caminhão e pronto e pelo menos para uns dias dá pra se segurar mas investir tudo no circo você vai vender o que? A lona não da, um trailler você vai morar aonde? Um praticável, quem vai comprar? É difícil investir bem o dinheiro e também é jeito de ter uma rezerva de caixa. Tem sim que investir no circo mas na hora certa. Eu ainda sou novo e tenho muito que passar ainda tenho muito que aprender mas se tem uma coisa que eu não faço é dizer nunca. O amanhã só a Deus pertence.
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5) Qual o maior erro que um dono pode cometer à frente de um circo?
Mário: Achar que o circo dele é o infalível e que está tudo ótimo. Sempre tem que achar que não está bom, tentar pelo menos melhorar sempre alguma coisa. O circo não perdoa preguiça, e não melhorar para os outros circos verem, melhorar para o público ver. Tem gente que tem mania de fazer as coisas para os outros circos verem e esquece de olhar o ponto de vista do seu público que é o alvo.
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6) À que você atribui o sucesso do Circo Fantástico Globo?
Mário: Nós não temos tanto sucesso assim. As pessoas que trabalham com a gente trabalham alegres, isso passa para o público. Se eu vejo uma pessoa que trabalha aqui e não está feliz aqui, ou resolve o poblema ou parte para outra empressa, trabalhar em um ambiente que você está bem e feliz o público vê isso. Ninguém é obrigado a trabalhar onde não gosta. Trabalhar infeliz faz mal para o circo e para o público que vem asistir.
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7) Como funciona o sistema portão 1 e portão 2 e por que alguns circenses criticam este sistema?
Mário: O portão 1 e 2 no início foi feito só para diferenciar alguma coisa e funcionou bem mas como outros circos colocaram também acabou ficando comum. Não sei porque criticam este sistema. Alguns de nós estamos tirando o portão 1 e 2 pelo fato de muitos estão usando este sistema mas não por achar ruim. Não sei porque criticar uma coisa que não faz mal a ninguém. Criticar o preço, o espetáculo eu até entendo, mas criticar o portão 1 e 2 não sei porque. Isso é falta de ter o que falar do jeito linguiça de tocar.
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8) A cada dia que passa, mais cidades aprovam a lei que proíbe a apresentação de animais em circos. Qual é o seu ponto de vista a respeito dos animais em circos?
Mário: Olha, eu particulamente não tenho tradição de animais em nossos circos. O circo Maximus, do Ben Hur comprou camelo, vem muita gente no intervalo, durante o dia para ver os mesmos, isso prova que animais atraem gente. Se talvez a gente tentasse parar de bater de frente com essas Ongs e tentasse pelo menos deixar em circo animais como camelo, girrafa, zebra, pôneis, lhama, cachorros, animais que comprovam que não tem risco para o público ficaria mais barrato para manter organizado isso e nós não perderiamos esse direito de ter animais em circos. Mas o que acontece é que para os políticos, gente de circo não vota e sendo assim fica fácil fazer uma lei, se algum vereador fazer um projeto desse tipo quem de circo vai na cidade falar para não aprovar a lei? Quase ninguém e se for é capaz de ninguém ouvir. Nós de circo sabemos que quem fez isso com os circos foi alguns circos que na maioria tinha o animal como apenas para trabalho e se morresse comprava outro. Ninguém fiscalizava, quando começou acontecer acidentes em circos principalmente com leões abriu o olho do povo para o perigo desses animais em circos mas mesmo assim tinha circos que nunca aconteceu um acidente com leões, poucos mas acredito eu que teve algum circo que escapou dessa tragédia. Não adianta a gente tentar bater de frente com eles em respeito de leões, tigres, elefantes, e infelizmente até macacos que eu gosto muito pois eles vão ter argumentos contra os circos. É chato circo sem animais mas se forem tentar aprovar nós temos que fazer um movimento de direitos iguais e proibir animais em rodeios, cavalos puchando carroças na cidade... A população em geral quer animais em circos desde que seje bem tratado.
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9) Ainda falando dos animais. Você acha que as caminhonetes novas para propaganda chamam mais a atenção do público do que animais como elefante ou camelo?
Mário: Olha, isso é uma coisa que falaram da gente, que em vez da gente comprar elefante a gente comprava caminhonetes novas. Se tiver camelo, elefante e caminhonete nova junto, melhor ainda. O Benhur do Maximus tem caminhonete nova e tem camelo. Todos chamam a atenção, cada um da sua maneira. Eu não tenho elefante porque não tenho dinheiro para comprar elefante como prioridade. Quem tem elefante, acredito eu, se conseguir ultrapassar essa fase ruim para bichos em circos, vai lavar a égua no futuro, mas é um risco comprar animais agora e nós do Fantástico não temos condição de estar arriscando assim. Parabéns para quem tem animais e ta se segurando que é o caso de vários circos por aí e eu respeito muito eles.
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10) Jogo do completar:
a) O maior atrativo do Circo Fantástico Globo é: a dinâmica do espetáculo. Nós fazemos um espetáculo alegre, rápido, as pessoas saem do Fantástico e do Maximus felizes. É difícil falar do Fantástico sem citar o Maximus. Para mim é uma empresa só, os dois se ajudam.
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b) Eu não contrato de jeito nenhum o artista que: olha, não me arrisco falar isso porque o dia de amanhã nem eu sei.
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c) Como dono de circo, meu maior medo é: acidente. Sem saúde a gente não é nada e sem família também.
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d) Daqui 20 anos estarei: não sei. Eu não gosto de fazer planos, apesar de ser necessário as vezes eu nem gosto de falar antecipadamente para que praça vamos mudar com medo de não dar certo.
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11) Que conselho você daria para alguém que está abrindo um circo?
Mário: Trabalhe honestamente e não ligue para o que os outros vão falar. Muitos só sabem criticar, ajudar são poucos.
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12) SUA OPINIÃO SOBRE:
- CIRCOS PEQUENOS: eu me considero um e gosto de ser.
- CIRCOS GRANDES: parabéns para quem tem, mas manter um circo grande nos tempos de hoje tem que trabalhar dobrado acredito eu.
- CIRQUE DU SOLEIL NO BRASIL: para mim o Soleil usa o nome circo mas é um teatro ambulante que muitos acham que trabalha pela bilheteria, eles ganham muito mais com venda de imagem que outra coisa. Não adianta os circos quererem se comparar com o Soleil. Ele é único, não sei até quando mas é o dinheiro que movimenta o Soleil. Por mês daria para montar uns dez circos, acredito eu, estutura linda, artistas que são bem remunerados e patrocinadores que acreditam muito neles. Já o circo brasileiro, esses patrocinadores que trabalham com o Soleil não querem patrocinar. uma vergonha isso, nós estamos no Brasil e não tem patrocínio, já o Soleil canadense todos querem patrocinar, fazer o quê? Lembrando que eu não sou contra o Soleil, acho um exemplo a ser seguido pelo menos tentar seguir, o difícil é conseguir, mas quem sabe ne?
- BUROCRACIA PARA ABERTURA DE PRAÇAS: deve ter sim desde que sejam agilizadas para comprir em tempo hábil e possível de fazer sem inventar coisas para o circo não montar, se for fácil muitos picaretas vão querer se aproveitar da situação e tem picareta heim? Queria dizer obrigado à todos os artistas que trabalham e já trabalharam com a gente. Nós aprendemos muito com vocês todos, uns ficaram muito tempo, outros pouco, outros continuam com a gente, vocês fazem parte da historia do circo Fantástico. Fiquem todos com Deus.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 13 DE JANEIRO DE 2009

Marcelo Beny, o Bananinha



"Botei circo por amor à arte e sei que Deus está me ajudando."


Circo News: Como está sua vida agora, como dono de circo?
Bananinha: Cara, vou te falar uma coisa: eu não precisava ter colocado circo não. Eu estava muito bem com meus shows. O dinheiro entrava fácil e eu não tinha dor de cabeça. Coloquei o circo por amor à arte, porque eu amo circo. Mas agora a dor de cabeça que eu estou tendo de ser dono, tem hora que dá vontade de desistir, mas eu acredito muito em DEUS, e sei que Deus está me ajudando muito, pois é uma coisa que eu estou fazendo com o coração, é uma coisa abençoada. Circo gera empregos.
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Circo News: Quais suas idéias para o seu circo? Como você quer levar o espetáculo?
Bananinha: Estou levando um espetáculo super produzido, um espetáculo pra cima, com jovens. Um espetáculo diferente, onde o público participa, sem buraco, sem pausas, sem rotina. É bem alegre. Estou com uns garotos muito bons, que formam o The Brothers African Show, com globo da morte, um grande palhaço,o Esculaxo, uma contorcionista muito boa, meu irmão na locução, que dá um show apresentando e animando e faço o Homem Aranha em alguns espetáculos. Tem um jogo de luz perfeito, um som de muita qualidade. Sei que luz e som é 50% do espetáculo.
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Circo News: Todos conhecem o Bananinha palhaço, humorista. Agora como é o Marcelo Beny proprietário de circo?
Bananinha: Sou bastante exigente. Mas sei conversar com meus artistas. Sei como tratá-los, mas também sei cobrá-los quando é necessário. Acho que sou mais amigo do que patrão.
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PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA RÉUS,
O PALHAÇO CHEVROLET:
"Circo grande é pura ilusão."


Paulo César não esconde de ninguém a vontade que sente de voltar a pintar a cara e arrancar sorrisos de crianças e adultos. Nesta entrevista, ele nos fala porque esse seu desejo ainda não foi realizado, traça um comparativo entre circos grandes e pequenos, fala das diferenças de salários entre artistas e surpreende ao se dizer arrependido de ter sido um capataz carrasco.

FICHA TÉCNICA:
Nome: Paulo Cesar de Oliveira Réus
Idade: 38 anos
Empresa atual: estou parado, vim me tratar. Estava no Circo Moscou
Função: eletricista e soldador
Há quantos anos trabalha em circo? 28 anos
Circos que já trabalhou: Circo Super Star, da dona Tereza, Circo Berlim, do Marino Candal, Circo de Natal do Tititi, Circo Sacarrolha do Sacarrolha, Circo Columbia do Alceu, Circo Imperial do Caneta, Circo Moscou do Tititi, Circo Magno 2000 do Alberto, Circo Espacial do Meinha, Circo Holliwoody do Timbinha, Circo Las Vegas do Titi e do Pepe, Circo Strapazzon do Strapa e não pode faltar o meu né, Circo Teatro Show. Ufa, acho que não esqueci de nenhum.
O que já fez em circo: sou capataz, soldador, eletricista e palhaço.
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Circo News: Como, onde e quando começou sua história com o circo?
Paulo: Minha história começou quando fui a um circo perto de onde morava com minha namorada e o locutor anunciou que precizava de moças e rapazes pra viajar e ali ingressei na carreira circense. Éra o circo do João e da Tereza.
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Circo News: Após tantos anos de circo, qual a lição que você tirou deste meio de vida?
Paulo: No meu convívio em circo aprendi uma boa lição de vida. Aprendi a ser mais humilde e mais humano.
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Circo News: Vale a pena ser circense hoje em dia?
Paulo: Ser circense hoje em dia vale a pena sim, mas pra quem gosta, pra quem tira a camisa e tem amor ao circo. E não vale a pena para aqueles que acham que circo é um mar de rosas, que só pensa em ganhar dinheiro e não dá o sangue por aquilo que dá o sustento à ele.
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Circo News: Você já trabalhou em circos grandes e pequenos. Na sua opinião, qual a diferença entre eles?
Paulo: O circo grande é pura ilusão de ótica. Se vê beleza, brilhos, lantejoulas, luz, mas o que é bom não tem, é a humildade para com os artistas. Acham que os artistas são eles e a lona, e você não passa de ser mais um na companhia. Se você não estiver satisfeito com o salário que lhe oferecem, lhe dizem sai fora, porque tem quem queira, e o palhaço é um enche programa pra tapar furo dos outros. Agora o circo pequeno te contrata porque precisa de você, te paga o que podem mais te paga, te dá valor porque você se torna da família e tenta te pagar o melhor possível para que você não vá embora. Te dão a melhor venda sem o olho grande de saber quanto você está ganhando e sem interesse na sua venda e o palhaço é artista, é rei do riso, é um astro do circo.
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Circo News: Há alguns anos que você deixou de fazer reprises. Por que decidiu aposentar o palhaço Chevrolet?
Paulo: Eu parei de pintar a cara porque os circos pequenos estão acabando e eu gosto de trabalhar à moda antiga de esquetes, comédias, dramas, coisa que circo grande não faz.
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Circo News: Em tantos anos de circo, qual a situação mais complicada pela qual você já passou?
Paulo: A situação mais complicada acontecia em temporais quando tinha que socorrer o circo. E olha que não foram poucas.
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Circo News: Você também já foi capataz. Como você tratava os empregados?
Paulo: No meu tempo de capataz eu era muito ruim com os empregados para puxar saco dos patrões e sempre deixar o circo em ordem. Nunca gostei de maconheiro, de cheirador e bêbados, mas o tempo foi passando e eu notei que não tinha amigos por minha conduta de capataz. Para os donos de circos, o que importava era o meu serviço e para os empregados eu era carrasco.
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Circo News: Você se arrepende de algo que fez ou deixou de fazer durante os anos em que esteve no circo?
Paulo: Eu me arrependo de muita coisa, principalmente de puxar saco de patrão e ir contra os empregados que dormiam mal, comiam mal e pior de tudo, tinham que dar de frente com um capataz que só via o lado do circo e não o deles.
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Circo News: Qual conselho você daria para uma pessoa que quer ingressar na carreira circense?
Paulo: O conselho que eu dou pra quem quer ingressar na carreira circense é: não seja puxa saco, porque o puxa é o primeiro a ser escorraçado, dê o sangue pelo circo, trabalhe com amor não com ganância. Claro que ganhar bem todos querem, até eu, mas faça por merecer sem ter que pisotear nos seus colegas.
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QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE:

- PALHAÇOS COM APITOS: Eles têm os seus méritos. Gosto de muitos, eu tenho muitos amigos palhaços de reprises com apitos, mas eu chamo de tapa furo porque só serve pra circo grande que não dá pra falar e quando alguns tentam levar entradas como esquetes são barrados pelo dono de circo porque demoram demais.

- REPRISES TRADICIONAIS: Virou bagunça, em qualquer circo grande que você vai, você vê baldinho, musical de instrumentos... Caramba, tantas coisas boas pra fazer e todos fazem as mesmas coisas todos os dias! Eu, particularmente, posso ficar dois meses na praça que não repito uma esquete, ou comédia, ou drama, mas isso em circo pequeno.

- SALÁRIO DOS ARTISTAS: Vejo muitos fazendo pouco e ganhando absurdo, e muitos fazendo muito e ganhando pouco. Claro que aqueles que fazem pouco e ganham muito são uns tremendos puxa sacos, é o que não faço mais. Prefiro ganhar pouco, acho que quem deveria ganhar bem é o que menos ganha. São os empregados práticos que montam e desmontam e ainda são barreiras.

- EMPREGADOS DE CIRCO: Tratem eles como ser humanos, dê mais oportunidades, mais comforto e melhores comidas, porque se não são eles, o quê seria do artista, sem o empregado não teria o artista, a lona montada, na realidade não teria circo.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 18 DE FEVEREIRO DE 2008


JÚNIOR RAMITO (PARTE 2)
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"O bom artista tem que ser bem remunerado."

 
SÓ PARA LEMBRAR: Júnior Ramito é um jovem empresário de 28 anos, proprietário do Circo Broadway e que se revelou um grande visionário, ao mostrar talento, competência e amor pelo circo em entrevista concedida há três semanas ao Blog Circo News. Na entrevista, Júnior falou um pouco da sua vida, de como foi enfrentar os preconceitos ao assumir o circo da família aos 17 anos de idade e ainda falou da importância de um bom espetáculo. Disse também suas idéias para fazer com que o circo volte ao lugar de destaque entre as artes. Com suas respostas convincentes e inteligentes, o empresário e artista recebeu muitos comentários. Alguns, reproduzo abaixo:

Diogo disse: "Saudações circenses, muito importante a entrevista do Jr. Ramito. Trabalho em seu circo, e gosto muito daqui, aqui somos todos parceiros, não funcionários, temos um suporte muito bom, juntamos a sabedoria dos mais velhos com a garra dos mais novos e deu no que conhecemos por Circo Broadway."
Malabarista Johnny disse: "Fiquei impressionado com a maneira de pensar de Júnior Ramito. Conheço ele pessoalmente mas nunca tive a oportunidade de saber mais sobre a visão que ele tem desse nosso mundo de circo. Um abraço ao amigo Junior. E parabéns pela maneira com que você expressou sua maneira de pensar. Vc vai longe!!!!!"
Suélem disse: "Júnior Ramito, um nome promissor, os circos precisam de cabeças jovens, para inovar a arte circense, ele pode ser citado como um exemplo, para novas gerações, que estão surgindo, ele mostra ser capaz, inteligente e corajoso. Continue assim Junior e você vai chegar no seu limite... Que Deus te ilumine e te dê sucesso sempre."
Francisco Braga disse: "Agora eu já tenho quem admirar no mundo do circo, um jovem que sabe realmente onde quer chegar."
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AGORA, VEJA A SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM JÚNIOR RAMITO:


Circo News: Com o seu circo, você segue mais o estilo tradicional ou inovador?
Ramito: Eu acho que os dois estilos podem andar de mãos dadas. Sou de família tradicional de circo e sempre me deslumbrei com a magia do circo dito tradicional, mas o que quer dizer circo tradicional? Se o fato de não ter animal no espetáculo e procurar uma nova linguagem artística para os seus números então meu circo seria inovador? Mas se ao mesmo tempo eu coloco um locutor e tenho cortinas de veludo isso também é tradicional, gosto dos dois estilos.
Obs.:( não tenho nada contra a animais em circo, ao contrário, adoro, não temos por opção).
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Circo News: Muitos circos brasileiros buscam inspiração no Cirque du Soleil para inovar. Você acha que este é o caminho certo?
Ramito: A história circense no mundo se divide em duas fases, antes do Cirque du Soleil e depois do Cirque du Soleil. Em todas as áreas seguimos tendências, e o circo não é diferente, a tendência hoje se chama Cirque du Soleil, mas se você olhar bem para o Cirque du Soleil você vai perceber que ele utiliza coisas do chamado circo tradicional só que de uma forma diferente, muitos falam que é um circo muito teatral, mas no circo tradicional não tinha teatro? Essa história de usar máscaras nos artistas vem da comédia Delarte, muitos não admitem outros copiam, mas o Cirque du Soleil é uma realidade e se a tendência de espetáculos circenses for essa, não vejo mal algum em buscar inspiração nele.
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Circo News: Qual é o seu recado para aqueles jovens que serão os donos de circos no futuro?
Ramito: Crie metas, nunca desista dos seus objetivos, se você tropeçar levante limpe a poeira e siga a diante, mas aprenda com o seu tropeço para não cair novamente, busque informação sobre o que esta acontecendo no cenário circense no mundo e o principal, não seja um patrão, seja um líder, assim você vai conquistar o respeito e admiração das pessoas que trabalham com você.
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QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE?
Circo Broadway: Minha empresa, minha casa, minha vida!
Seus funcionários: Grandes colaboradores, ter uma equipe de confiança hoje em dia não é fácil, eu posso dizer que eu tenho isso, me orgulho de ter essa equipe!
Seu pai: Grande homem, grande amigo, um ser humano fantástico se hoje eu represento algo eu devo à ele, enfim meu Herói.
Salários de artistas: Parto do princípio que, o bom artista tem que ser bem remunerado, mas vivemos em uma realidade circense no Brasil diferente da Europa, ainda não chegamos a esse nível, mas tem artistas brasileiros que comparam os salários pagos aqui com os de lá, mas um dia chegaremos a esse nível sem dúvida nenhuma.
Região Nordeste: Uma região apaixonada por circo, muitos tem medo de conhecer, outros nem gostam de falar que já estiveram aqui só por não ter sido bom para eles, mas tudo que nós temos agradecemos a essas regiões Norte e Nordeste.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 10 DE FEVEREIRO DE 2008


E N T R E V I S T A    E X C L U S I V A
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WLADIMIR SPERNEGA:


"Nada deverá ser mudado."

BRAÇO DIREITO E AMIGO DE BETO CARRERO, WLADIMIR SPERNEGA GENTILMENTE CONCEDEU A SEGUINTE ENTREVISTA AO BLOG CIRCO NEWS, ONDE ELE AFIRMA QUE SURPRESAS VIRÃO, INCLUSIVE A POSSÍVEL ABERTURA DE UMA NOVA UNIDADE.


CIRCO NEWS: Primeiramente, quero enviar meus pêsames por essa irreparável perda. Vou começar com a pergunta que está na mente de muitos circenses brasileiros. O que acontecerá com o parque e com os circos do grupo?
WLADIMIR: Agradecendo os votos de pesar informo que nada será mudado. O parque BCW possui uma diretoria de mÉdia de 16 anos de experiência da qual faz parte o Alex Murad que já assumiu a presidencia dos negócios. Com o circo idem, possivelmente irei dedicar um tempo maior aos mesmos, e nada deverá ser mudado. Como ele mesmo dizia "A vida continua".
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CIRCO NEWS: Todos nós sabemos do amor que o Beto Carrero tinha pelos seus circos. Com uma nova administração, o que poderá mudar para os funcionários da empresa?
WLADIMIR: Como informado na resposta 1, o andamento de todos os negócios do grupo continuam.
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CIRCO NEWS: Existe a possibilidade de alguma unidade fechar, ou de haver redução de pessoal?
WLADIMIR: Não deverá ser fechada nenhuma unidade circense. É mais provável abrir nova unidade, entre outras surpresas.
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CIRCO NEWS: Como ficará o cenário circense brasileiro após a morte de Beto Carrero?
WLADIMIR: Triste, Beto Carrero foi sem dúvida um grande, se não o maior empresário na área circense. Inovou. Trouxe grandes lonas do exterior. Valorizou o artista além de trazer a experiência dos internacionais. Jamais foi um aventureiro. Os circos empregam hoje por volta de 500 pessoas e poucos poderão ter esta felicidade.
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CIRCO NEWS: O senhor acha que haverá diminuição de público nos circos da empresa?
WLADIMIR: Só o tempo dirá, Não resta dúvida que o nome Beto Carrero por si só já é uma atração e a marca continua.
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CIRCO NEWS: Além do parque e dos circos itinerantes, Beto Carrero também produzia o programa Comando Maluco, transmitido aos sábados pelo SBT e a grande maioria dos comerciais exibidos nos intervalos do programa eram protagonizados pelo próprio Beto. Como vai ser dar continuidade a tudo isso, sem a sua imagem?
WLADIMIR: O programa continua com melhoras que estão sendo programadas. O nosso "garoto propaganda" não temos mais. O assunto está em estudo.
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CIRCO NEWS: O senhor disse, em uma entrevista para a Rede Globo, que antes da cirurgia, o Beto estava sorridente e tranqüilo. Ele sabia da gravidade e dos riscos que iria enfrentar durante a cirurgia?
WLADIMIR: Realmente aquela manhã ele estava maravilhoso, alegre, brincando e transmitindo otimismo. A gravidade era como a de todas as operações. Em setembro ele já tinha feito uma com a mesma equipe médica (a melhor do Brasil) com sucesso. A vida não nos pertence....
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CIRCO NEWS: Qual o maior legado deixado por Beto Carrero?
WLADIMIR: Seus sonhos realizados. Sua coragem nos negócios. Seu dinamismo, seu OTIMISMO, sua força de trabalho, seus ensinamentos e sua AMIZADE.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 26 DE JANEIRO DE 2008


JÚNIOR RAMITO:


"O Céu é o meu limite!"

CONHEÇA JÚNIOR RAMITO, UM CARA QUE ASSUMIU O CIRCO DA FAMÍLIA AOS 17 ANOS, SUPEROU A FALTA DE CONFIANÇA EM SEU POTENCIAL E HOJE TOCA UM DOS MAIS BONITOS E ORGANIZADOS CIRCOS DO BRASIL.

Júnior já foi palhaço, trapezista e mágico. Também já enfrentou feras dentro de uma jaula e encarou a adrenalina do globo da morte. Mas o seu maior desafio começou aos 17 anos. Ainda jovem, ele teve que assumir o circo da família após um acidente que afastou seu pai do circo por um tempo. Hoje, aos 28, o empresário está a frente do Circo Broadway e se destaca como um grande líder. Tranformou a falta de confiança no seu potencial em admiração junto aos seus funcionários e afirma, sem modéstia que o céu é o seu limite. Ao afirmar que juventude não é sinônimo de inexperiência e sim de inovação, ele nos mostra um olhar diferente sobre o picadeiro e aponta as tendências para o retorno do circo ao posto de arte-mãe. Esta é uma entrevista que realmente vale a pena ler.
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FICHA TÉCNICA:
Nome Completo: Ronaldo Ramos de Abreu Junior
Idade: 28 anos
Empresa atual: Circo Broadway
Função: Diretor Executivo
Circos que já trabalhou? Circo Broadway
O que já fez em circo? Palhaço, Vôos, Domador de Leão e Macaco, Magia, Locução e Globo.
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Circo News: Você é uma pessoa jovem e já é proprietário de um circo bonito e bem estruturado. Como foi o começo da sua vida como empresário?
Júnior: O início da minha vida de empresário circense foi muito precoce, aos 17 anos, tudo começou após um acidente de caminhão onde o meu pai (Ronaldo Ramito) e eu estávamos, mas ele foi o único a se ferir gravemente, como estávamos em uma região onde não tinha nenhuma condição dele ser atendido, ele teve que ser encaminhado para Belo Horizonte, e com isso ele teve que ficar afastado do circo por 3 meses, na época estávamos sem secretário no circo, mas como eu era o filho mais velho da família e o único que sempre acompanhou os secretários que aqui já passaram tive que encarar!
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Circo News: O fato de ser jovem facilita ou dificulta o desempenho de suas funções?
Júnior: No principio sim, mas hoje em dia não. Juventude nem sempre é sinônimo de inexperiência, mas sim de inovação, mas quando eu falo de inovação não me refiro só a forma de se fazer um espetáculo, mas sim inovação na forma de vender este espetáculo, o circo como toda indústria do entretenimento pelo mundo, tem por obrigação se adaptar, mas como se adaptar ? Eu te respondo, em vez de reclamar que a TV, DVD e a INTERNET tiram o público do circo, temos que nos adaptar a realidade e utilizar essas ferramentas de multimídia ao nosso favor, isso é uma visão que poucos empresários circenses têm, mas não os culpo por isso, até mesmo porque eles foram criados e cresceram sem nada disso, mas cabe a nova geração de empresários circenses mudarem essa história.
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Circo News: Quando você assumiu o circo da família com apenas 17 anos, houve casos de artistas e empregados que não te respeitaram por causa da pouca idade?
Júnior: Por incrível que pareça não! Morei boa parte da minha infância fora do circo, e sempre estudando no Rio de Janeiro (aonde minha avó mora) ou em Belo Horizonte (aonde mora minha mãe). Nas férias vinha ao circo, mesmo com pouca idade aprendi que respeito é bom e todo mundo gosta, uma frase que sempre ouvia dos meus pais e meus tios, era "respeite para ser respeitado", nunca senti por parte dos artistas e empregados na época uma falta de respeito, mas sentia uma falta de fé, sempre fui muito respeitado, mas algumas pessoas não acreditavam que eu era capaz, mas isso acabou me dando mais garra para poder vencer!
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Circo News: Você viveu uma época da sua vida fora do circo para estudar. Você acha que ver o circo do lado de fora te trouxe novas idéias?
Júnior: Sem dúvida nenhuma isso foi imprescindível para mim.
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Circo News: Quais são essas idéias?
Júnior: Eu vejo o circo da seguinte forma: Nós temos o melhor produto do mundo para se comercializar, "Alegria", um produto almejado por todos, todos querem alegria e é isso que nós produzimos, mas temos que produzir um produto de qualidade, o público tem que se sentir respeitado e confortável dentro do circo, ver o circo do lado de fora me fez perceber que isso faz a diferença, ser agradável na recepção do público, ser cordial ao dar uma informação a uma pessoa que às vezes quer saber somente o horário do espetáculo, e daí em diante, cheguei trabalhar em outras áreas fora do circo, quando estava estudando e vi que em uma empresa com milhares de funcionários é possível isso, porque não em um circo?
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Circo News: Você acha que a nova geração de circenses, com essas novas idéias pode levar o circo ao sucesso que tinha há anos atrás?
Júnior: Mas isso já está acontecendo, eu poderia citar inúmeros jovens empresários circenses que estão despontando no momento, e com eles uma nova forma de se fazer circo no Brasil, são jovens como eu que sabem o que quer, o circo precisa de sangue novo, mas ainda estamos longe do ideal.
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Circo News: Numa escala de 0 a 10, qual a importância que você dá ao:
Espetáculo? Júnior: 10. O espetáculo e o cheek mate do circo, ele tem que ser a jogada final, assim como no xadrez você posiciona as pedras e na hora certa dá o cheek mate. O espetáculo tem que funcionar assim, você prepara o público, depois o recebe e o acomoda quando o espetáculo começa tem que ser a altura da expectativa criada antes.
Barzinho: Júnior: 10. Não vejo o Barzinho do circo só como uma forma de subsistência dos artistas, o Barzinho que eu costumo falar a praça de alimentação do circo, tem a responsabilidade de ser o primeiro contato com o público no circo, então ele tem que ser mais que só um espaço onde se compra a pipoca e o algodão doce, e sem dúvida nenhuma uma fonte de receita extra para o circo.
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Circo News: O Circo Broadway já é um exemplo de beleza e organização. Mas você disse que ainda quer mais. Aonde você pretende chegar?
Júnior: Sem modéstia nenhuma, o céu é o meu limite. Todos nós podemos ser o que quisermos ser, só basta querer e ter convicção, se você estudar a historia mundial, você vai ver que esse é o princípio de todo grande líder, eu não costumo sonhar, mas sim criar objetivos, assim que eu alcanço um eu crio outro.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 19 DE JANEIRO DE 2008


RAFAEL PERINI
(NINO JR.)

"Aqui fora se trabalha mais, mas a parte financeira vale muito a pena."
ELE TEM APENAS 19 ANOS E JÁ ESTÁ DO OUTRO LADO DO MUNDO. NESTA ENTREVISTA, O PALHAÇO QUE VIROU GLOBISTA FALA SOBRE SUA VIDA EM TAIWAN, SOBRE A SAUDADE QUE SENTE DA FAMÍLIA E TAMBÉM SOBRE A DIFÍCIL TAREFA DE SUBSTITUIR O SENHOR WILSON, NO RENOMADO NÚMERO DAS XÍCARAS. CONFIRA A ENTREVISTA:

FICHA TÉCNICA:
Nome: Rafael Perini De Oliveira Cavalcanti
Idade: 19 anos
Empresa atual: Torres Taem (Taiwan)
Função: Globista, palhaço, faixas, trapézio e comicidade
Circos que já trabalhou: Beto Carrero, Le Cirque, Mundial.
O que já fez em circo? Já vendi pipoca e churros. Trabalho há um tempo com meu pai (Los Wilson), globo da morte, trapézio e reprises, afinal, na vida de circo tem que ser versátil.
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CIRCO NEWS: Você é palhaço, cômico, faz faixas, trapézio e agora também é globista. Qual dessas atividades combina mais com você?
RAFAEL: Acho que a que combina mais é o palhaço porque gosto de brincar muito, mas minha vida está no globo da morte. Adoro fazer, me sinto bem. Quando entro no globo, os problemas saem da minha cabeça. Adoro ser globista.
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CIRCO NEWS: Na sua opinião, qual destas atividades você desempenha melhor?
RAFAEL: Na minha opinião, acho que levo tudo numa boa. Não sei no que sou melhor, talvez como palhaço, mas deixo para ouvir a opinião dos outros, quando me falam.
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CIRCO NEWS: Você já está fora do Brasil há 3 meses. Do que mais sente falta?
RAFAEL: Olha, vou dizer: de uma churrascaria e uma pizzaria (rsrsrsrs), mas sinto muita falta da família e de pessoas especiais. Tenho vários amigos e sou grato por isso.
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CIRCO NEWS: Quais as diferenças entre os circos brasileiros e os de fora?
RAFAEL: Olha, a diferença é o modo de trabalhar, aqui com certeza se trabalha mais, mas não posso dizer em modo geral, não conheço todos os circos de fora. Mas a parte financeira vale muito a pena.
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CIRCO NEWS: Qual a situação mais inusitada ou diferente que você passou aí em Taiwan?
RAFAEL: Quando comi a comida. Aqui isso é diferente. Mas todo dia em Taiwan passo por uma situacao diferente (rsrsrsrs).
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CIRCO NEWS: O que te fez optar por ficar um tempo fora do Brasil?
RAFAEL: Sempre tive vontade pois meu pai viajou muito e queria ver como era trabalhar em um lugar que é tudo diferente. E por que não do outro lado do mundo?
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CIRCO NEWS: Você acha que um artista que fica uma temporada fora do Brasil trabalhando em circos estrangeiros, quando volta, se torna mais valorizado?
RAFAEL: Acho que sim porque aí ele tem um currículo legal. Ajuda. Em circo, vale muito o conhecimento e a amizade, mas tem muitos artistas que, não sei por que ficam metidos. Aí não tem o mesmo valor.
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CIRCO NEWS: Como foi substituir o seu Wilson no número da xícara, após a sua morte?
RAFAEL: Olha, até hoje é complicado. Não acho que substituo ele, pois ele é insubstituível. Eu apenas faço minha parte, ajudo no que posso, tento fazer o melhor de mim e vou levando.
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CIRCO NEWS: Você sentiu muita pressão por fazer o mesmo papel que o seu Wilson fez com tanta perfeição durante tantos anos?
RAFAEL: Sim, e muita! Ele foi o melhor no que fez, a pressão é muito grande, mas graças à Deus tive apoio de muita gente. Teve gente que tentou me colocar para baixo, mas tive mais amigos que inimigos. Então foram me apoiando e sou grato pois agora trabalho sem pressão, mas sei que igual à ele não tem. Faço só a minha parte.
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CIRCO NEWS: Como você se imagina daqui há 10 anos?
RAFAEL: Me imagino a mesma coisa, mais velho, com umas rugas (rsrs). Quero ter saúde e paz, e muitos amigos e contratos, afinal o tempo não pára e o trabalho não pode parar também.
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QUAL SUA OPINIÃO SOBRE:
Nino Tasso: Um grande artista. Uma pessoa sempre humilde e tranqüilo. Meu pai me ensinou tudo que sei, sou grato por ter me apoiado sempre. Sempre do meu lado quando precisei, me incentivando. É um exemplo para mim.
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Le Cirque: Um grande circo, um dos melhores que já vi e trabalhei.
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Globo do Morte: Meu trabalho, minha paixão. Adoro globo da morte, não tenho palavras para descrever. Quem é globista sabe como globo vira uma paixão, um vício.
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Sr. Wilson: Eternamente único. O melhor na minha opinião. Uma lenda que para mim sempre vai ser lembrada.
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Big Circo Mundial: Gosto de lá. Foi o último circo que trabalhei no Brasil. Eles são trabalhadores e merecem crescer porque batalham pelo trabalho.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 11 DE JANEIRO DE 2008


JOTA SAMPAIO:

"O maior inimigo do circo é o próprio circo."
COM 40 ANOS DE CARREIRA, ELE TEM MUITO O QUE FALAR. E CAUSA POLÊMICA AO AFIRMAR QUE O CIRCO PERDEU O SEU PRESTÍGIO PORQUE OS DONOS SE PROSTITUÍRAM

FICHA TÉCNICA:

Nome: José Alves Sampaio (Jota Sampaio)
Idade: 53 anos
Empresa atual: Portugal Produções Artísticas (Circo Portugal)
Função: Secretário e Relações Públicas
Circos que já trabalhou: Orlando Orfei, Beto Carrero, Portugal, Federico Orfei, Circo Roca no Perú, Equador, Colômbia e México como diretor artístico, circo Ricardo Flores, em Lima no Perú, em 2007, como diretor artístico e apresentador, e Tihany. Trabalhei também durante 10 anos com Os Trapalhões.
O que já fez em circo? Locutor, sonoplasta, palhaço, secretário e publicista.
Quantos anos de carreira? Comecei cedo, com 13 anos e este ano faço 40 anos de carreira.
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Circo News: O que mais dificulta a vida de um secretário de circo hoje em dia?
Sampaio: As autoridades e sua burocracia.
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Circo News: Nesses 40 anos de carreira, qual foi a praça que mais deu trabalho para entrar?
Sampaio: Santa Maria (RS) e o circo era o Portugal. Foi onde perdemos a mãe dos irmãos Portugal. Eles não queriam deixar trabalhar com os animais e o problema foi que quando dei entrada eles não avisaram nada e um dia antes vieram com essa história. Fiz o maior carnaval e estreiamos, mas infelizmente perdemos uma grande senhora.
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Circo News: JOGO DE COMPLETAR:
Eu sou secretário de circo porque... Gosto.
A melhor parte da secretaria é... Publicidade
O secretário, para ser um bom profissional, precisa... Acima de tudo, ser honesto.
O mau secretário é aquele que... Não se pode confiar e todos falam mal.
Se eu não fosse secretário de circo, seria... O que sou também, radialista esportivo.
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Circo News: Dos secretários em atividade atualmente, qual você destaca como exemplo a ser seguido?
Sampaio: Luizinho Portugal, pela honestidade.
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Circo News: Na sua opinião, pôr que o circo não tem mais o mesmo prestígio que tinha antigamente?
Sampaio: Porque os donos de circo se prostituiram.
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Circo News: O que deve ser feito para o circo voltar a ter este prestígio?
Sampaio: Trabalhar com seriedade e simplicidade e mais ainda, com transparência.
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Circo News: Circos grandes como Vostok, Garcia, Bartolo e Di Roma fecharam. Em compensação, os circos médios proliferaram nos últimos tempos. A tendência é essa? O Brasil não comporta mais os grandes circos?
Sampaio: Não temos mais público suficiente para lotarmos os circos grandes. Isso é muito difícil, colocar 10 a 15 mil pessoas por semana.
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Circo News: TV, internet, cinema, shoppings, teatros... Qual é o maior inimigo do circo?
Sampaio: Acho que o maior inimigo é o próprio circo.
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Circo News: Todos nós sabemos que secretário é cheio de histórias. Conte para a gente uma história engraçada que aconteceu na sua carreira.
Sampaio: Na minha não, mas em um circo pequeno no Pará, em Serra Pelada, o dono do circo anunciou as meninas do circo e elas entravam mal vestidas e dançavam. O público vaiava direto. Aí, quando terminou e o dono não tinha mais nada que apresentar, ele perguntou: "Vocês gostaram?" E todos disseram "Nãooooooooooooo". E ele tentou: "Vocês querem que elas voltem?" E o público: "Nãoooooooooo". Aí o dono disse: "Mas elas vão voltar!"
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SUA OPINIÃO SOBRE:
Orlando Orfei: O Deus do circo, pra mim que ele me considera como um filho.
Circo Portugal: Família especial e hoje os melhores do Brasil, mas sou suspeito por seu muito amigo deles, mas viva o Portugal.
Secretário Padilha: Meu amigo e um ótimo contador de histórias.
Circo sem locutor: Pra mim, não é circo.
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COM A PALAVRA, JOTA SAMPAIO: "UM GRANDE ABRAÇO AMIGÃO E BOA SORTE NA NOVA EMPREITADA E QUE TODOS O AJUDEM NO SEU BLOG E SE DEUS QUISER VIRE UM SITE E FELIZ 2008 À TODOS."
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 03 DE JANEIRO DE 2008

C H A M E G U I N H O:
"Gosto das minhas cópias. Eles são meus maiores fãs."
A ENTREVISTA É GRANDE, MAS VALE A PENA LER. ROBERTO ALVES, O CHAMEGUINHO ABRE SEU CORAÇÃO E CONTA HISTÓRIAS ENGRAÇADAS E EMOCIONANTES. ACOMPANHE ESTA ENTREVISTA E SABOREIE TODA A SABEDORIA DESSE ÓTIMO PALHAÇO E GRANDE SER HUMANO.
  
FICHA TÉCNICA:
Nome: Roberto Alves
Idade: 35 anos
Empresa Atual: Beto Carrero World
Há quanto tempo nesta empresa? 3 anos
Circos em que já trabalhou: Arte Palácio (era o circo do meu pai), Spacial, da Marlene, D'Napolis Circus, da Jocélia, aonde trabalhei 7 anos, circo Di Itália, do Zé Carlos, circo Voador, Circo Popular do Brasil, do Marcos Frota, Moça Fiesta e circo Porto Rico.
O que já fez em circo? Já fui trapezista voador, mas cansava, rsrs, aí desisti. Eu tinha certeza que meu negócio era ser palhaço, aí muito tempo depois, no Circo Spacial, aonde tinham me contratado como palhaço e carreteiro, pra minha surpresa me botaram de palhaço pra vender narizinho, e na mudança dirigia uma das dez carretas do circo, logo fui promovido a sonoplasta, gostava, mas não era a minha praia. Depois tentei o circo do Marcos Frota, mas acabei trabalhando de carreteiro "diiiii novo", kkkkk nunca acreditaram em mim...
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Circo News: De onde veio a inspiração para criar seu personagem?
Chameguinho: Eu não me inspiro muito nos outros para compor um personagem. No caso do mexicano, foi bem simples, eu já tinha uma roupa de mexicano que ganhei do meu compadre Tibério, que fazia parte da troupe de trapézio do mexicano Tito Gahona. Já aqui no atelier tinha um chapéu mexicano, e assim formei o personagem do mexicano, simples e natural... Antes eu trabalhava como Elvis cantando "Sarafina, no West Selvagem, mas o meu personagem Elvis também criado por mim, não se encaixava no show do West Selvagem, aí que apareceu o mexicano.
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Circo News: No show West Selvagem, você trabalha sem maquiagem. Você acha mais difícil fazer o público rir de cara limpa?
Chameguinho: Na minha opinião sim porque o público espera ver um palhaço de cara pintada, aí se depara com um homem vestindo uma roupa normal, sem sapatos grandes nem roupas largas, nem nariz vermelhos ou pretos. No começo eu também achei estranho, o locutor me apresentava: vem aí a alegria do circo, o palhaço Chameguinho, aí eu entrava dançando, ouvia a platéia rindo, quando parava e levantava a cabeça, que o público me via sem a maquiagem, sentia o público se perguntando: "cadê a máscara dele?" ... Mas logo os dominava e da minha maquiagem não mais davam conta, assim vi que o verdadeiro palhaço não era as roupas nem a maquiagem era ninguém mais do que eu mesmo.
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Circo News: Como foi sua passagem pelo Comando Maluco?
Chameguinho: Foi bem rápida, mas aprendi muito com a televisão, vi que muitos se deixam levar a fama subir pela cabeça, já outros tem os pés no chão, apesar de muitos gostarem do meu personagem, o Elvis, eles me tiraram do Comando Maluco. O Alex, filho do Beto Carrero, gosta muito do meu trabalho aqui no parque e não gostava de me liberar para gravar em São Paulo, eram três dias de gravações, três dias sem trabalhar no parque, pra minha carreira era bom, mas para o parque era muito ruim, aí venceu o parque, é claro, rsrsrs.
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Circo News: Recentemente, em uma entrevista para este blog, o Bananinha afirmou que você é um dos maiores palhaços do país. Elogios como este contam para o aperfeiçoamento do seu trabalho?
Chameguinho: Elogios como este é muito bom para o ego, pois só assim ficamos sabendo que o nosso trabalho está sendo bem feito, mas é muito importante que elogios ótimos como este não suba à cabeça e te faça pensar que você pode fazer tudo, que você é o cara. A humildade é o segredo de tudo, não basta querer ser, isso é natural.
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Circo News: Você é conhecido pelo poder da improvisação. Nos shows do parque, você precisa seguir um texto ou tem a liberdade de improvisar?
Chameguinho: Olha, tudo que faço ou falo no shows do parque, são improvisações minhas. Tínhamos um diretor muito bom, que me dava a liberdade de fazer a cena acontecer, o nome do diretor é Sminorf, ismilofe, sei lá, eu nuca bebi mesmo (kkkk), mas agora é diferente, com a saída do Russo, as coisas mudarão, até uma advertência eu tive que assinar, por brincar demais, por fazer o meu papel, que é divertir o público.
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Circo News: Qual seu maior ídolo?
Chameguinho: Eu gosto muito do Jin Kayrre, gostava muito do Jerry Lyus, o Gordo e o Magro, mas o meu maior ídolo na comédia sem dúvidas foi Charles Chaplin. Ele era um homem que estava à frente do seu tempo, imagina um homem na década de 50, com pouco recuso fazer belos, comoventes e engraçados filmes.
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Circo News: Você criou um estilo próprio de palhaço, mas sabe que tem alguns genéricos espalhados por aí. Isso te encomoda?
Chameguinho: Quando eu tinha 16 anos de idade, em Pernambuco, na cidade de Recife, conheci meus primeiros fãs em circo, para minha surpresa no circo que eu fui assistir, tinha três palhaços procurando fazer tudo que eu fazia, usando roupas parecidas com as minhas, a mesma maquiagem e perucas loiras, só porque eu usava, rsrsrs. Na hora achei legal, eu estava sendo notado, mas logo depois começou a complicar, já tinha muita gente me copiando, aí mudei meu jeito de me vestir, mudei a minha maquiagem, mas logo logo, começava tudo de novo, aí percebi que isso estava fazendo bem pra mim, sempre eu estava mudando, foi quando decidi mudar, fiz uma roupa de Elvis Presley, tirei a maquiagem, comprei anéis grandes, mandei fazer roupas dos anos70, boca de sino, sapato cavalo de aço. Mas eu gosto das minhas cópias porque eles são os meus maiores fãs.
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Circo News: A vida de um palhaço é como de qualquer outra pessoa, tem seus altos e baixos. Como é fazer rir, quando se está triste, com algum problema?
Chameguinho: Eu já tive vários problemas na minha vida, primeiro perdi meu irmão, dois dias depois tive que trabalhar. Por dentro, uma tristeza grande, era meu único irmão; por fora, sorria e fazia sorrir a platéia, que estava ali pra ver a minha reação. Aí anos depois veio a morte do meu pai, recebi a notícia pela manhã, só pude chorar, pois meu pai já tinha sido enterrado, e tive que trabalhar à noite. Eu era o palhaço oficial. Tinha coisas, como terminar com a namorada, aquela que você amava muito e na mesma hora estava no picadeiro sorrindo e a ex-namorada brava, pensando num modo de se vigar, só porque o palhaço estava rindo (kkkkkk), coisas de palhaço. Mas para um palhaço nada é mais triste do que ser censurado, e no meu caso, de não usar o improviso.
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Circo News: Qual característica sua você empresta para o personagem?
Chameguinho: Eu acho que é o meu lado moleque (kkkk), na verdade eu sou aquela pessoa que não pode brincar na rua porque vou correr o risco de ser chamado de idiota ou pior. Eu tenho síndrome de Peter Pan, acho que nunca vou crescer, aí eu aproveito o meu tempo no picadeiro para colocar pra fora tudo que eu tenho de bom, que a minha alegria que se transforma em energia, que quando bate na platéia, volta em forma de felicidade, é muito bom.
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Circo News: Qual o seu maior sonho?
Chameguinho: É ter uma boa casa para minha mãe descansar em sua velhice.
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Circo News: Um elogio inesquecível?
Chameguinho: Foi quando me falaram "você é o homem mais lindo do mundo." Rsrsrs, ah, essa minha mãe sempre me diz isso.
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Circo News: Você tem receio de que o seu estilo de reprises seja prejudicado pela onda de modernização a qual alguns circos estão passando, com inspiração no padrão do Cirque du Soleil?
Chameguinho: Não. O Soleil já está usando estilos bem parecidos com as antigas reprises brasileiras, bem como no "Alegria", em que eles estão usando um palhaço brasileiro, aí você nota na hora a diferença de um palhaço sul americano, para um europeu ou norte americano. Nós temos "uh djeitoo, uh djeitoo", kkkkk, mas falando sério, sem criticar negativamente, nossos palhaços precisam pensar no futuro dos circos, porque deles é de quem mais depende a sobrevivência, temos que ter a capacidade de também criar novas reprises, e o colega saber respeitar e não copiar, só assim, o público saberá que os circos não são todos iguais.
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Circo News: Você sente falta da rotina do dia a dia no circo itinerante?
Chameguinho: Sim, sinto muita falta, das lindas praias do nordeste, de namorar adoidado, pense numa coisa boa, de jogar bola com os amigos, muito bom, saudades.
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Qual a sua opinião sobre:

- Circo: Se for circo grande, eu acho que alguns donos deviam respeitar mais os seus artistas, porque deles vocês muito dependem e vai chegar o dia em que os circos não terão mais animais, (obs: isso aqui não é uma campanha contra os animais em circos, mas é uma realidade, e vai acontecer). Então vão bolando coisas novas, porque é fato.
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- Parque Beto Carrero World: O parque está passando por mudanças nos shows, espero que com a chegada do novo diretor, as coisas mudem para melhor do que estavam.
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- Faxinildo: Bem, o Paturi, como era conhecido nos circos, é um dos melhores palhaços também, como o Rapadura, mais conhecido como Ventinha, muito bom palhaço também um dos melhores.
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- Circos pequenos: Esses eu tenho o maior respeito, é daí que sairam alguns dos melhores artistas que já vi, e também é pra esses circos pequenos que também volta esses artistas, aprendi tudo que eu sei nos circos pequenos, de enfrentar uma platéia sofrida, como as que eu me deparei no sertão do Pernambuco, aonde Luiz Gonzaga morava, uma terra aonde a vingança era o que as pessoas mais pensavam em fazer, e ali estava um circo pequeno levando divertimento e alegria a um povo muito sofrido.
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- Bananinha: Gosto dele, ele é muito bacana, é ainda muito novo, já é bom. Se tiver a cabeça no lugar será um dos melhores comediantes do Brasil.
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- Cirque du Soleil: Circo só pra rico ver, bonito, eu admito, mas fora da realidade do nosso país, circo pra mim tem que ser do povão.
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- Kuxixo: Um ótimo palhaço. Esse sim dá gosto de ver, muito bom, eu gostava muito da reprise do Michael Jackson. Já vi ele trabalhando no Garcia, admiro muito o trabalho dele.
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- Beto Carrero: Quem teve a chance de conhecer ele como eu, sabe que ele é um cara muito legal, é amigo, um bom patrão, admiro o jeito dele lidar com os animais, apesar dele conhecer muita gente, pode ter certeza de que ele nunca vai esquecer seu nome, sempre cumprimenta todos aonde passa, de uma humildade bela de se ver. Dizem que ele era ainda melhor, mas teve que mudar um pouco seu jeito de ser, devido à muitos aproveitadores. É um bom empresário, que emprega em seus cinco circos e seu parque, milhares de pessoas. Beto Carrero que sempre gostou de circo, agora tem do seu lado seu filho Alex, que também herdou a educação e a simpatia, e o jeito de negociar (rsrs). E que nosso querido Beto Carrero viva eternamente!
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 10 DE DEZEMBRO DE 2007

ROSE BREMER:
"Não adianta querer se basear no Soleil. A cultura é outra."

FICHA TÉCNICA:
Nome completo: Roselaine S. Portugal
Idade: 37 anos
Empresa em que trabalha: Circo Bremer
Função: Empresária e Malabarista
Circos que já trabalhou: Circo Mexicano, Sarrasani, Portugal, Moscou do Beto Carrero (foi por pouco tempo) e o circo do seu Mário Stankowich.
O que já fez em circo: Trapézio, cama elástica, bailarina, lira e malabares.
***
Circo News: O Bremer é um circo com muitos animais. Como você vê as leis que proíbem a apresentação de animais em circos em algumas cidades?
Rose: Isso é muito ruim, pois não nos deram o direito de se defender e quanto aos maus tratos tem o Ibama que deve ir confirmar. Se estiver com maus tratos que retirem do circo sim. Sou de acordo, gosto muito dos animais, aqui fazemos o possível para que eles estejam bem. Eles tem acompanhamento do veterinário de SP e RS. Se acontecer qualquer coisa já ligo para o que estiver mais próximo e como estamos aqui em Porto Alegre, o do Pampa Safári vem atender. A lei do RS é injusta pois tem as tradições gaúchas que envolvem cavalos, tem várias carroças nas avenidas e, pasmem, sendo conduzidas por crianças! Eu acho que deveriam tirar só os ferozes, já estaria de bom tamanho.
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Circo News: O Circo Bremer está em Porto Alegre, e está trabalhando sem os animais, em cumprimento à lei municipal. O circo sofreu queda de público em virtude da falta dos animais?
Rose: Tem os contras e os a favor. Se a lei fosse votada pelo público, tenho certeza que ganharíamos, pois a maioria que veio no circo achou injusto, mas não afetou muito, pois podiam visitar os animais.
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Circo News: Você acha que, se os animais forem proibidos em âmbito nacional, o circo perderá a sua essência?
Rose: Acho que sim. O Brasil é um país de terceiro mundo. Até nos acostumarmos vai demorar muitos anos. Não adianta querer se basear no Soleil, é outra cultura. Pra mim circo tradicional é o Ringling, esse me inspira muito.
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Circo News: Muitos artistas circenses brasileiros estão deixando o país em busca de bons contratos no exterior. A senhora acha que os artistas brasileiros são valorizados?
Rose: Pois é, temos ótimos artistas, que se igualam aos de fora, tanto é que são contratados no exterior. Mas no Brasil, não vamos chegar ao valor que eles pagam, a não ser que conseguíssemos um patrocinador forte.
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Circo News: Na hora de contratar um artista para o seu circo, qual pré requisito ele deve ter?
Rose: Primeiro se tem vícios, álcool ou drogas e como foi o seu comportamento no outro circo, porque tem aquele ditado: uma maçã podre estraga a caixa toda. Aqui é um circo de família.
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Circo News: Como a senhora define a atual fase do circo no Brasil?
Rose: Não é mais como antigamente, os artistas vestiam a camisa, como falamos, mas graças à DEUS a turma que temos aqui é muito boa e hoje temos grandes concorrentes; cinemas, shoppings, internet, etc. O circo tem que ter algo em especial, para chamar a atenção. Pois o dia a dia das pessoas está cansativo e estão esquecendo de se divertir e acham que circo é tudo a mesma coisa quem viu um, viu todos e não é bem assim. Eu falo, vou definir, se não tomarmos uma providência, não vamos agüentar por muitos anos.
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Circo News: Na sua opinião, o que é ser um circense?
Rose: É a pessoa que tem circo no sangue e tudo o que faz, faz com amor à arte.
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Circo News: Quem é seu grande ídolo no mundo do circo?
Rose: Não tenho. Vejo falar de circos antigos e de donos que adoraria ter conhecido. Mas em matéria de circo com certeza é o RINGLING BROTHERS.
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Circo News: Qual será o futuro do circo no nosso país?
Rose: Do jeito que estão querendo transformar os circos aqui em SOLEIL, espero que as verbas da cultura também sejam de primeiro mundo. E que tenhamos terrenos e não ter que pagar por ele, mais luz e água. Aí sim vai dar para pagar um bom salário para os artistas (que também não é tão ruim assim, pois ganham por semana o que muita gente não ganha por mês na cidade e não têm que pagar luz e água). O futuro só DEUS sabe. Espero que seja melhor.
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BATE E VOLTA: Dê sua opinião sobre:
Circo: O circo é um lugar mágico, onde as pessoas se transformam em crianças novamente e se esquecem do mundo lá fora. Até mesmo o artista pode estar triste mas no momento que entra no picadeiro o que importa é ver o público aplaudir e a criança sorrir.
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Circo Bremer: É um circo novo, há 15 anos na estrada, trazendo alegria por onde passa. Um circo de família, e construído com muito esforço e honestidade. Por isso chegamos aonde estamos.
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Cirque du Soleil: Este circo, lindo, com artistas fantásticos, pois eles pegam os melhores das ginásticas olímpicas e de circo, mas acho ele mais pra teatro do que pra circo.
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ONGs que lutam para proibir animais em circos: Ongs que cuidam de animais, fico feliz. Mas essas que estão nos prejudicando deviam passar uns dias no circo e depois tirar as conclusões, pois quero saber qual vai ser o futuro dos domadores que têm família pra cuidar. Vão virar peão?
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Rodeios: Eu adoro rodeio. Se tiver na cidade vou ver.
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Orlando Orfei: Um homem inteligente, pelo que me contam. Esse tem serragem nas veias.
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Escolas de circo: Ótima idéia. Quem entra pro circo é porque gosta mesmo e faz bem feito e está dando oportunidade para todas as classes de pessoas.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 26/NOVEMBRO/2007

MARCELO BENY, O FAMOSO
B A N A N I N H A
NESTA ENTREVISTA, MARCELO BENY FALA SOBRE CIRCO, SOBRE O COMANDO MALUCO, SOBRE O SBT E AFIRMA QUE SENTE SAUDADE DA ÉPOCA EM QUE ERA TRAPEZISTA
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FICHA TÉCNICA:
Nome completo: Marcelo Beny
Idade: 24 anos
Circos que já trabalhou: Vostok, Transcontinental, Gran Real Circos, Beto Carrero, e outros pequenos onde mais aprendi.
O que já fez em circo? Trapézio, passeio aéreo, volteio, chicote e palhaço.
Há quantos anos no Beto Carrero? 6 anos.
Há quantos anos dá vida ao personagem? 5 anos
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1) Você nasceu em circo e hoje concilia seu trabalho no circo e na TV. O que te dá mais prazer? As gravações do programa ou os shows no circo?
Bananinha: O Circo, pelo motivo de você ter o contato com o público e o retorno imediato do agrado.
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2) Como você lida com o assédio do público?
Bananinha: Com gratidão e carinho.
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3) Como surgiu o personagem Bananinha?
Bananinha: Surgiu devido a reprise da banana. E ele é um pouco de Jimm Carrey, Chaves e Marcelo Beny.
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4) O que o Bananinha tem do Marcelo Beny?
Bananinha: O lado criança.
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5) E o que o Marcelo Beny tem do Bananinha?
Bananinha: A simpatia.
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6) Uma vez, no picadeiro do circo, você disse que cresceu assistindo aos Trapalhões, e hoje, trabalha com um deles. Como é essa parceria com o Dedé?
Bananinha: Acho que fui privilegiado em trabalhar ao lado de um trapalhão que cresci vendo. A nossa convivência é como de uma família, com discussões e brincadeiras. Aliás, passamos mais tempo juntos do que com a nossa própria família.
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7) O programa do Comando Maluco vai ao ar pelo SBT, uma emissora que tem sua grade inconstante, e que tem o costume de mudar os programas de horário ou até tirá-los do ar. Você sente algum receio quanto à isso?
Bananinha: É normal o SBT ficar mudando os horários dos programas. Demos sorte de ainda estarmos há quase dois anos mantendo o horário no sábado.
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8) A audiência do programa é satisfatória?
Bananinha: Estamos sempre encostados na Globo por 1 ou 2 pontos. Isso quando não acontece de liderarmos, às vezes.
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9) Como era fazer parte do elenco do programa A Praça é Nossa e ser um dos quadros que mais dava ibope? Havia preconceito por parte dos outros atores do programa pelo fato do Comando Maluco ser formado por artistas de circo?
Bananinha: Tenho ainda grandes amigos lá. Eles sempre nos respeitaram.
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10) Você sonhava um dia trabalhar na televisão?
Bananinha: Sim, era a minha meta.
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11) Sente saudade da época em que era trapezista?
Bananinha: Muita.
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12) No caminho do sucesso que você está percorrendo, houve alguma desilusão ou desgosto?
Bananinha: Sim, várias.
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BATE E VOLTA: Dê sua opinião sobre:
- Circo: Acho que alguns circos deveriam caprichar e cuidar mais dos seus espetáculos para que o público brasileiro volte a dar valor aos espetáculos circenses. Está faltando direções artísticas, valorização aos artistas e união. Há rivalidade no geral entre os circos e artistas. Tem que haver união e não rivalidade entre nós.
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- Beto Carrero: Inteligente.
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- Durão: Pai, herói, amigo, parceiro, conselheiro, professor, etc...
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- Dedé: Meu segundo pai.
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- Wilton Franco: Um grande diretor e um professor.
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- SBT: Uma ótima casa, uma conquista.
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- Comando Maluco: Minha família.
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Bananinha: "Quero deixar uma homenagem a um grande diretor e produtor de espetáculos, que serve de exemplo como profissional para o mundo circense. Além de ser um grande apresentador, animador. O mundo circense tem que aprender a separar o pessoal do profissional e saber admirar e reconhecer o valor das pessoas: Parabéns Jéferson Rakmer (Fussa). Parabéns também para alguns dos grandes profissionais em diversar áreas: Ruan Puentes, Divino Alves, Giovane Brascuper, Tuti Ranger, Chameguinho (Beto Carrero World, sem dúvida um dos melhores palhaços do país), Troupe África Show (Beto Carrero World), Neno Romero, Equipe do Globo da Morte (Tititi) e Marco Strapazzon pelo profissionalismo e caráter. Me desculpem se esqueci de alguns. Um grande abraço à todos irmãos do mundo do circo."
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 20 DE NOVEMBRO DE 2007

HOJE TEM MARMELADA?
TEM SIM SENHOR!!!
E O PALHAÇO O QUE É???

HUDSON ROCHA,
MAIS CONHECIDO COMO
K  U  X  I  X  O


"Deus proteje as crianças, os bêbados e os palhaços!"


UMA BELA ENTREVISTA COM UM DOS MAIORES PALHAÇOS DO BRASIL


FICHA TÉCNICA:
Nome completo: Hudson Rocha
Idade: 35 anos
Empresa que trabalha atualmente: Beto Carrero
Há quantos anos nesta empresa? 6 anos
Há quantos anos trabalha em circo? Bastante, desde 3 anos de idade , sou de circo teatro e neste estilo de circo agente começa muuuito cedo.
O que já fez em circo? Eu! Huuu... ator circense, cantor( DESASTROSAMENTE, mas cantei), dublagem, bailado, rola-rola, malabares, magia, laço e chicote, acrobacia (no solo e na cama elástica), corda marinha, trapézio em balanço, vôos, acredite se quiser, locução (que mico!!!) e, é claro ``PALHAÇO´´. OBS.: Como sou 5ª geração eu já armei e desarmei circo, fiz barrera, mestre de pista, valeta, foca e por aí a fora ou a dentro como preferir rs,rs,rs...
Circos que já trabalhou: Circo Teatro Real, Circo Guaraciaba, Circo Xicuta Show, Circo Lílian, Circo do Pôneis, Circo Novo Mundo, Circo Sideral e Safári (ambos Bartolo), Circo Real D´Espanha, Super Pop Circo, Circo Internacional Chrysostenez,``GARCIA´´ , ``TYHANY´´ e atualmente ``MUNDO MAGICO DE BETO CARRERO´´, entre outros``UFA´´.
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1. Como é ser considerado um dos melhores palhaços do Brasil? A cobrança é maior?
Kuxixo: É muito bom, porque tem-se a certeza de uma vida de trabalho bem feita e isso causa uma enorme satisfação! Quanto à outra pergunta, é claro que é ``bem maior´´, mas isso é bom, assim eu mantenho um bom padrão em tudo que faço.
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2. Você foi um dos primeiros palhaços que apresentou aqui no Brasil um estilo diferente de reprises. E hoje, há uma grande legião de seguidores, alguns talentosos, mas outros, de talento duvidosos. Isso te deixa frustrado ou feliz?
Kuxixo: Isso me deixa muito feliz e com meu ego nas nuvens.
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3. Quais os palhaços da atualidade que você gosta de ver trabalhar?
Kuxixo: Rodrigo Garcia (neto do sr. Romano Garcia), Moroco (filho do Matraka) e o Nenê(sobrinho do Fuça); não necessariamente nessa ordem rsrsrs...
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4. Alguns donos de circos e diretores artísticos consideram o palhaço como um "tapa-buraco", colocando as reprises no programa em pontos estratégicos para retirada ou montagem de aparelhos no picadeiro. Já alguns palhaços preferem não sofrerem interferência enquanto estão trabalhando. O que você acha disso?
Kuxixo: Eu não acho, eu tenho certeza , que pra cada tipo de espetáculo existe e exige um tipo ou estilo para a ocasião.
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5. Diferentemente de outros números de circo, a arte de fazer rir não se aprende com o tempo, e sim, vem de berço. Conhecendo o seu dom e talento, você teve influências de algum ídolo?
Kuxixo: É claro` `CHARLES CHAPLIN´´ .
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6. Que repises você não faria de jeito nenhum?
Kuxixo: Não, eu gosto tanto do que eu faço que seria capaz de fazer qualquer coisa. Eu já fiz a bombinha, o porrote, o caverão, eu já fiz até as camisas!
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7. O nome e o porte do circo; a quantidade de público; seu estado de espírito na hora da apresentação... O que mais influencia seu trabalho na hora de fazer o público rir?
Kuxixo: Nem uma dessas alternativas me influencia. Mas o que me dá prazer em trabalhar é ser um circense. Não só um artista circense, mas sim um ``circense´´!
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8. Dizem que o maior pesadelo de um palhaço é trabalhar e não ver o público rir? Isso já aconteceu com você?
Kuxixo: Claro que sim , Quando trabalhei em uma colônia japonesa. ``Que pesadelo´´! Era um show fora do circo, com poucos números, porém quem entrava mais vezes era eu. Mas como diz o ditado "quem ri por último..." No desfile final eu era o último a entrar e quando isso aconteceu me aplaudiram muito forte e enfim, pro meu alívio, sorriram.``AAAMÉM´´!
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9. Na maioria de suas reprises, você lida com o público. Já passou por algum constrangimento na hora do espetáculo?
Kuxixo: Graças à Deus não, eu costumo dizer que ``Deus protege crianças, bêbados e PALHAÇOS´´ rsrsrs...
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10. Qual a reprise que você mais gosta de fazer?
Kuxixo: É uma que infelizmente hj não a faço mais era uma esquete que eu fazia com meu amigo palhaço RO-ROY e minha sobrinha TRACY no circo GARCIA Que a gente chamava ´´A FLOR DA PAZ´´(amigos para sempre).
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11. Sente saudade da época do Circo Garcia?
Kuxixo: Sim, muita saudade. Digo que o circo GARCIA está guardado em um lugar especial dentro do meu coração.
OBS.: Marco obrigado à você pelo convite. Eu me senti muito feliz com sua admiração mas eu quero que você saiba que nós circenses é que te admiramos por esse seu blog que dá a devida importância à todos nós, incluindo você, circenses de coração! Um abraço do seu amigo palhaço. (KUXIXO).
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 13 DE NOVEMBRO DE 2007


 MARCELO PALÁCIOS:
"Quero fazer esse circo ser o melhor do Brasil."


ELE JÁ FOI DOMADOR DE LEÕES, ACRÓBATA DA CAMA ELÁSTICA, MOTORISTA E ATÉ CAPATAZ. HOJE, DEDICA-SE AOS CAVALOS, À PINTAR O ROSTO E, PRINCIPALMENTE AO GLOBO DA MORTE, SEU MAIOR ORGULHO. CONFIRA A ENTREVISTA DO RAPAZ QUE, AOS 25 ANOS E JUNTO COM MAIS SETE COLEGAS, QUEBROU O RECORDE MUNDIAL AO SE APRESENTAR NO GLOBO DA MORTE COM OITO MOTOS.
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FICHA TÉCNICA:

Nome completo: Marcelo Luciano Di Bernardi Palácios
Idade: 25 anos
Empresa: Circo Moscou
Função: Domador, globista, secretário e promocionista
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1) Qual é a sensação de estar rodando no globo da morte com mais 7 pessoas?
Marcelo: É muita felicidade ser um dos globistas que bateu o recorde mundial.
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2) Já chegaram a rodar com nove motos ao mesmo tempo?
Marcelo: Sim, mas não no espetáculo. No espetáculo estamos com oito.
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3) Qual foi a queda mais feia que você já sofreu ou viu alguém sofrer?
Marcelo: Foi quando quebrei a clavícula e o braço.
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4) Mas você confia plenamente em todos os seus companheiros, não tem medo dos outros errarem?
Marcelo: Confio, porque são meus primos e amigos. São todos profissionais.
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5) Quando acontece algum acidente, geralmente a culpa é de algum globista ou é falha mecânica?
Marcelo: Olha só: Eu caí em Curitiba porque um dos globistas deixou acabar a gasolina da moto. Tive luxação no braço por causa disso.
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6) O que é o circo na sua vida?
Marcelo: É a minha vida, meus olhos, minhas pernas, é tudo...
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7) Você se imagina vivendo na cidade, sem estar no circo?
 Marcelo: Não. Morei na cidade três meses e fiquei louco.
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8) Quais os seus planos para o futuro?
Marcelo: Quero fazer esse circo, talvez, ser o melhor do Brasil. Ter tudo novinho.
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9) Você acha que já chegou no máximo de sua carreira?
Marcelo: Não. Vivendo e aprendendo, todo dia uma nova aula.
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10) O que é que te faz arriscar a vida todos os dias no globo da morte?
Marcelo: Satisfação do público. É uma vitória. Todo dia, um novo recorde.
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Marcelo: Ele já roda comigo na minha moto. Ele vai ser um ótimo globista. Comprei uma moto pra ele bater um recorde: rodar no globo com cinco anos.
11) Você colocaria seu filho para rodar no globo?
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12) Qual a maior dificuldade que o circo enfrenta hoje?
Marcelo: O preconceito.
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13) Da parte de quem existe preconceito?
Marcelo: Das prefeituras. O ruim paga pelo bom.
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14) Qual foi o maior apuro que você já passou em circo?
Marcelo: Já passei fome. Pensei em desistir.
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15) E o que fez com que você não desistisse?
Marcelo: Pensei em desistir, mas lá no fundo pedi à Deus força para que pudesse dar um futuro melhor para a minha família.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 06 DE NOVEMBRO DE 2007




MARLENE QUERUBIM
"O Circo é a minha grande paixão!"

NESTA ENTREVISTA, MARLENE FALA COMO É ADMINISTRAR O CIRCO SPACIAL E DIZ QUAL A MÁGICA QUE FAZ PARA MANTER A ORGANIZAÇÃO IMPECÁVEL DE SEU CIRCO  

FICHA TÉCNICA:
Nome: Marlene Olimpia Querubim
Idade: 47 anos
Empresa: Circo Spacial
Função: Diretora presidente
Há quanto tempo trabalha na empresa: 22 anos (mas 30 anos de circo)
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1.) Como é administrar um circo como o Spacial?
Marlene: É muito gratificante, porque faço o que eu gosto, e procuro sempre fazer tudo com muito amor e profissionalismo.
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2.) O Spacial é um dos circos mais organizados que conheço. Da capatazia à secretaria tudo é perfeitamente organizado. A cozinha é, sem dúvida, a melhor entre os circos brasileiros. As mudanças transcorrem sem o menor problema, a forma de pagamento é super funcional e a equipe de marqueting é nota dez. Que mágica é essa que a senhora consegue fazer para manter essa organização?
Marlene: Em primeiro lugar, ter os profissionais nos lugares certos, e em segundo, procurar nunca desanimar, nem mesmo quanto a situação se apresenta de forma delicada, e contar com o apoio, credibilidade, e a compreenção de todos os envolvidos na logistica do circo.
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3.) Na visão do público, o que não pode faltar no circo?
Marlene: Um bom espetáculo.
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4.) O que o público espera ver e sentir ao ir a um circo?
Marlene: Cada companhia tem sua identidade, então o público já sabe o que vai encontrar.
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5.) E como proprietária, o que não pode faltar no seu circo?
Marlene: Profissionalismo em todos os sentidos e respeito pelo público!
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6.) É fato que alguns circos funcionam sem condições, com instalações precárias e espetáculos fracos. A senhora não acha que são essas mesmas companhias que fazem uma propaganda negativa do circo perante o público?
Marlene: Isso é uma questão de fiscalização, e o poder público é que deve fazer esta função, que é de sua competência, autorizando ou não o funcionamento destes circos. Por outro lado, acho que a informação para o público também é importante, num futuro bem próximo a UBCI- União Brasileira de Circo Itinerante fará este papel divulgando os bons circos.
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7.) Como pode ser definida a atual fase do circo no Brasil?
Marlene: O circo no Brasil está numa fase ótima, principalmente na questão artística, pois estamos cada vez mais exportando artistas com excelência em qualidade exterior, e temos vários circos com espetáculos excelentes, bem como os governos, depois de vários anos de trabalhos nas esferas federal, estadual e municipal começaram a olhar o circo com programas e políticas voltadas para o setor (vide prêmios que vários circos, companhias, grupos e artistas estão recebendo nos últimos anos).
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8.) O que o circo representa na sua vida?
Marlene: Representa tudo, é minha grande paixão!
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9.) O que mais te desanima?
Marlene: A falta de condições para levar este trabalho com dignidade!
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10.) O que te motiva a seguir em frente?
Marlene: Meus filhos Jacsom e Petersom, minha família, minha equipe e principalmente o reconhecimento do público.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 29 DE OUTUBRO DE 2007


REINALDO XANTHOPULO (PLIM PLIM):
"Com o seu Zé, aprendi que cada cidade tem um dono."
NESTA ENTREVISTA, PLIM PLIM FALA DAS DIFICULDADES DA SECRETARIA DE UM CIRCO E TAMBÉM CONTA UMA HISTÓRIA ENGRAÇADA QUE ACONTECEU PELAS ESTRADAS DA VIDA CIRCENSE

FICHA TÉCNICA:
Nome: Reinaldo Xanthopulo de Carvalho
Idade: 33 anos
Empresa: Beto Carrero
Cargo: Secretário
Há quanto tempo está na empresa: 16 anos
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1) Como está a vida de um secretário de circo atualmente?
Reinaldo: Um pouco difícil para aqueles que não se adaptaram às novas leis, que os órgãos governamentais colocam em vigor a cada dia.
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2) Todos sabem das responsabilidades de um secretário, mas na sua opinião, qual é a prioridade desta função?
Reinaldo: Arrumar o melhor local possível para a instalação do Circo, o que hoje em dia é um grande feito já que cada vez mais está acabando essas áreas nobres nas cidades, e vai do filem de cada secretario fazer com que aquele terreno vire uma nova área nobre.
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3) O nome e o porte do circo influenciam no seu trabalho? Ou seja, a secretaria se torna mais fácil quando se trabalha em um circo grande e com nome forte?
Reinaldo: Com certeza influencia, mas não adianta de nada ter nome ou ser um grande circo, se o secretário não sabe passar essa imagem para as pessoas, por exemplo o que se vê hoje em dia é isso, arrumam-se pessoas sem competência nenhuma para isso, só porque tem nome acha que as portas se abrem sozinhas; essa foi a forma dos grandes circos desvalorizarem a profissão de secretário e é por isso que cada vez mais está em falta no mercado grandes profissionais.
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4) O que um secretário precisa ter para ser um bom profissional?
Reinaldo: Ter um bom estudo, educação é primordial, um bom caráter para poder ser o mais transparente possível e não deixar uma má impressão do circo pelas cidades aonde passa e com isso não prejudique a imagem dos demais que venham atrás destas pessoas a entrar nas praças.
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5) Qual a melhor parte da secretaria?
Reinaldo: Para mim é o inúmero conhecimento de pessoas que por um curto prazo de tempo se tornam muito importantes para o bom funcionamento da minha profissão.
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6) E qual é a mais difícil?
Reinaldo: Ter que convencer as prefeituras e donos de terrenos que eu não vou cometer os mesmos erros dos meus colegas de trabalho. Essa é a mais difícil.
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7) Conte pra gente uma história inusitada ou engraçada que aconteceu com você enquanto desempenhava seu trabalho:
Reinaldo: Tem várias, cada praça é uma historia, mas uma que eu não esqueço nunca foi na cidade de Tupã. Eu cheguei na cidade e vi o terreno ao lado da rodoviária, fui na prefeitura para saber quem era o dono do terreno. Chegando lá me mandaram falar como o prefeito, entrei no gabinete e o prefeito já foi logo me dizendo que o circo não podia entrar na cidade porque dali a um mês tinha a festa da cidade e os 04 dias que o circo ia ficar na cidade iria atrapalhar a festa. Fui embora desconsolado. Chegando na rodoviária pedi uma coca-cola e fique olhando o terreno. O dono do bar me perguntou o que eu tinha e eu lhe disse, que tinha ido na prefeitura e tinham me negado a entrada do circo na cidade. Aquele homem, que estava de bermuda jeans, chinelo havaiana, falou comigo: "Entra ai no meu fusca e vamos na prefeitura." Ele não me disse nada no caminho, chegando lá, foi direto para o gabinete. Chegando lá a secretária olhou e disse: "Seu Zé! Pode entrar aqui o senhor tem passe livre, o prefeito esta aí, é só entrar." Eu fiquei curioso com aquilo. Entrando na sala, o prefeito o recebeu muito bem e já me olhou com cara de pouco amigo. Seu Zé virou para ele e disse pode deixar o circo se instalar aqui na cidade que o terreno eu já vou providenciar e o que eles precisarem faz o favor de ajudar, o prefeito na mesma hora falou para mim qual é a data que vocês querem vim para minha cidade é só ir ali no protocolo é protocolar o requerimento que esta tudo certo. Eu fiquei sem entender nada mais tarde fui me despedir do seu Zé e foi ai que aprendi mais uma lição que toda cidade tem um dono e o seu Zé nada mais era que uma pessoa com muito prestigio na cidade e elegia qualquer político, o qual ele apóia-se.
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8) Você acha justo os valores pagos pelas taxas de abertura de praças nas prefeituras, bombeiros, etc?
Reinaldo: Não acho justo, porém acho que é fruto daquilo que se plantou, porque quando era sem taxa nenhuma e tínhamos o apoio das prefeituras deixaram muita dívidas para os tais municípios.
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9) O que o circo representa na sua vida?
Reinaldo: O circo hoje para mim é um lugar aonde aprendi a gostar, principalmente pela minha profissão aprendi muito até agora e tenho um outro tanto para aprender.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 24 DE OUTUBRO DE 2007
Márcio Stankowich:
"O espetáculo é o único produto que temos para mostrar."

Márcio (à esquerda)
O DONO DO CIRCO STANKOWICH ABRE SEU CORAÇÃO, FALA DE SEU AMOR PELO CIRCO, DA IMPORTÂNCIA QUE DÁ AO SEU ESPETÁCULO, DA VALORIZAÇÃO DOS ARTISTAS E CLARO, DOS ANIMAIS. ACOMPANHE A ENTREVISTA:
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FICHA TÉCNICA:
Nome: Márcio Antonio Stankowich
Idade: 47 anos
Empresa: Stankowich Produções Artísticas Ltda
O que já fez em circo: Palhaço, malabarista, domador, trapezista, acrobata, etc...
Atual função: Hoje cuido de uma das unidades de circo da minha família como empresário.
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1) O senhor já foi trapezista, domador de animais e hoje é empresário, dono do circo Stankowich. Qual é a tarefa mais difícil? Desafiar o perigo no picadeiro ou lutar diariamente pela sobrevivência do circo?
Márcio: As duas coisas são difíceis, em uma você enfrenta as feras, os animais irracionais; na outra você desafia os políticos, donos de terrenos, imprensa ... Quer dizer, eles pensam que são racionais, mas dificultam tudo. Os animais, se forem bem tratados não dificultam a sua vida.
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2) Alguns donos e gerentes de circo investem no luxo, embelezam o bar, mas esquecem do espetáculo. Em uma escala de prioridades, em que lugar deve ficar o espetáculo?
Márcio: O espetáculo é o único produto que temos para mostrar. Se você vai a um restaurante luxuoso, bonito e a comida é ruim, de má qualidade, você não volta mais e às vezes tem medo de entrar em outro pensando que todas são iguais e fala para os amigos para não irem mais lá. O circo, como qualquer outro negócio é igual.
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3) O que o senhor tem a dizer sobre as ONGs que lutam para proibir animais em circos?
Márcio: São imbecis, não sabem o que estão fazendo, tirando a única atração das crianças, os animais.
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4) Ainda sobre animais, o senhor acha que a tendência é a proibição em âmbito nacional ou a liberação, inclusive nas cidades onde já é proibido?
Márcio: Não sei, está muito difícil essa situação. Se continuar assim, cada dia mais os circos vão ficar sem público. Os animais bem tratados, com condições de vida, com veterinários, vacinas e alimentação adequada chamam muito a atenção. Quando o circo chega em uma cidade sem os animais, as pessoas não estão indo mais pra ver o circo chegar. Isso você já tem uma idéia.
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5) Em que ano pode-se dizer que o circo viveu a sua melhor época?
Márcio: Quando não existia ainda shoppings, internet, TV, vídeo-games. Apesar dessas coisas serem importantes nos dias atuais, elas atrapalham. Ah, e tem os circos aventureiros que entraram na vida circense para ganhar dinheiro e para pegar verba do governo (nos projetos e editais da vida). Eles vivem atrás disso, são os caça-projetos. Na época do Collor, quando o nosso dinheiro se igualou ao dólar foi muito bom.
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6) Em relação à 10 anos atrás, o que o circo perdeu e o que o circo ganhou?
Márcio: Perdemos o circo com os animais e os circos com grandes espetáculos. Hoje, com a falta de bons artistas que estão saindo do país e os animais, que cobriam a falta de um grande número no picadeiro, ficou mais difícil fazer um bom espetáculo. Ganhamos mais técnicas de luzes, efeitos especiais, som, qualidade de arquibancadas, transportes, coberturas, emfim, o circo ficou mais chique. Mas é aquele negócio, circo bonito sem espetáculo ilude o público.
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7) O senhor acha que no Brasil o artista circense é valorizado? Ou seja, os salários são proporcionais ao desempenho dos profissionais?
Márcio: Olha, no Stankowich a gente valoriza. Quem trabalhou aqui sabe disso. Agora, tem muitos circos grandes que exploram os profissionais.
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8) Qual o diferencial do Circo Stankowich?
Márcio: Honestidade, trabalho, dignidade, profissionalismo, e o mais importante de tudo: um circo de família.
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9) Qual o maior medo de um dono de circo?
Márcio: Puxa vida... Tempestades com ventos fortes, mudanças nas estradas, estréias (rsrsrsrs). Acho que é isso.
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10) Qual a importância do circo na sua vida?
Márcio: É fazer com que as pessoas que frequentam o circo, ao final de cada show, sintam-se felizes, contentes. Não é só entrar na cidade e pensar no dinheiro, mas sim levar a cultura circense, fazer o público ter vontade de ir de novo ao próximo circo que visitará a cidade. Acho isso muito importante e espero que meus filhos sigam a minha tradição para que minha família sempre possa seguir caminho pelas estradas de vida. E obrigado pela oportunidade.
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ENTREVISTA PUBLICADA EM 17 DE OUTUBRO DE 2007

WLADIMIR SPERNEGA:

"Adotei o circo como mais um filho."

NESTA ENTREVISTA, WLADIMIR FALA DA ATUAL FASE DO CIRCO BRASILEIRO, DO CIRQUE DU SOLEIL E DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS CIRCOS HOJE

1. Ficha Técnica:
_ Idade: 69 anos
_ Empresa: Beto Carrero
_ Há quantos anos trabalha na empresa: 20 anos
_Cargo que exerce: Gestão
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2. Como você avalia a atual fase do circo no Brasil?
Wladimir: Está havendo uma renovação. Pessoas com idéias novas entram para o circo porque realmente gostam da arte. Circos novos (médios mas bonitos) em substituição aos que lamentavelmente foram desativados. Acho que os mais antigos, foram desatentos com a evolução e renovação.
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3. Qual a maior dificuldade enfrentada pelos circos brasileiros atualmente?
Wladimir: Várias. Áreas cada vez mais escassas e mais caras; dificuldade imposta para obtenção dos alvarás; ongs financiadas pelo governo fazendo campanhas mentirosas; “prefeitos” que proíbem circos na “minha cidade”; custo da propaganda, proibição de passeatas e carro de som; as várias opções de lazer barato, ex. shoppings, tv e vídeos e etc.
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4. No Chile, a presidente Michelle Bachellet assinou, no mês passado, um decreto transformando o circo em patrimônio cultural da república e legalizando a profissão de quem trabalha em circo. Por que isso não acontece no Brasil?
Wladimir: Essa lei já existe no Brasil, simplesmente não é respeitada, principalmente pelas autoridades. A UBCI – União Brasileira de Circos Itinerantes foi fundada principalmente para atuar nesta área (entre outras) e que coincidentemente estou presidente.
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5. Você concorda com as pessoas que afirmam que os espetáculos circenses em geral perderam a qualidade, se comparar com os espetáculos de 10 anos atrás?
Wladimir: Não. Não concordo. O que realmente houve é que perdemos vários artistas que foram trabalhar no estrangeiro (recebendo em dólar). Houve mudanças. Hoje os circos estão mais bonitos, lindas lonas, iluminação, som, cadeiras mais confortáveis, as vestimentas dos artistas etc. etc.
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6. O que acha do Cirque du Soleil? Acha que o circo canadense inovou ou tirou a essência do verdadeiro circo?
Wladimir: Eles apenas procuraram no início fazer algo diferente com atrações circenses, fazendo um espetáculo onde o VISUAL é o mais importante e que agradou. Roupagens diferentes (fantasias e máscaras), palcos bem trabalhados, sem falar em luz e som, muitas danças (enrolação) tudo dentro de uma harmonia e MUITO ENSAIO e organização. Temos que levar em conta os custos das produções – incompatíveis para o circo brasileiro. Todos os detalhes são cuidadosamente estudados. Hoje, as novas produções já fogem do estilo circo. O espetáculo “KA” é pura e maravilhosa tecnologia, feita pelos engenheiros da Mc Laren – FANTASTICO – com um custo superior a 300 milhões – que só poderia ser produzido para uma cidade como Las Vegas que recebe semanalmente 250 mil turistas querendo ver tudo e se der tempo jogar um pouquinho. O “Ò” um misto de artistas e nadadores, outro estilo, sem perder o brilhantismo do VISUAL. O “LOVE”, apesar de ser um espetáculo musical lembra um pouco o circo, porém com um palco fantástico em mutações e um trabalho aéreo com muita tecnologia. Esses três espetáculos seriam impossíveis de serem feitos em estrutura de lona. Acrescente a tudo isso um violento marketing dos patrocinadores e governos – inclusive o nosso. Eles recebem um doação anual do governo canadense.
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7. Na sua opinião, quais leis seriam necessárias para facilitar a vida do circo e do circense brasileiros?
Wladimir: Os circos itinerantes deveriam ser regidos unicamente por leis federais – que os estados e municípios teriam que acatar. Que as leis existentes sejam acatadas (criança nas escolas). Proibir leis proibindo os circo de trabalharem – inclusive animais. Adestrador e domador são profissões regulamentadas por lei. Lei criando áreas com infra-estrutura para eventos em todas as cidades com mais de 500 mil habitantes. Isto só pra começar...
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8. O que o circo representa na sua vida?
Wladimir: A bem da verdade adotei o circo como mais um filho (acho que sou ½ cigano) e procuro trabalhar para que o espetáculo não pare. Ao respeitável publico, um grande abraço!
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