domingo, 12 de junho de 2011

Para quem tem o circo no coração...


Marcos Frota, o ator de televisão que virou trapezista e dono de circo, sempre começava suas apresentações com a seguinte frase: "Todo mundo tem uma história com o circo. Eu era pequeno, vivia em uma cidade lá no sul de Minas Gerais e uma noite fui num circo. E, no colo da minha mãe eu sonhei que era um artista..." Marcos Frota contava sua história e, após beijar o picadeiro, dizia que todos deveriam ter essa experiência.
"Minha História com o Circo" é uma seção dedicada àquelas pessoas que não são de circo, mas que realmente amam o circo e visitam todos os espetáculos que chegam à cidade onde moram. São pessoas que assistem aos mesmos espetáculos todos os dias, que muitas vezes vencem a própria timidez para se aproximarem dos artistas circenses e que sonham em pisar no picadeiro.

 TEXTO DE:
Camila Correa, 21 anos,
moradora de Joinville/SC)

Eu preciso estar no circo
(PARTE 1)

Foi no dia 1º de dezembro de 2001, quando fui ao Marcos Frota Circo Show aqui em Joinville, que senti e compreendi realmente o mundo do circo. Então começou essa paixão incontrolável pelo mundo circense. Quando criança, sempre ía aos circos, mas não compreendia ainda o que vinha ser o circo, mas mesmo assim adorava ir, quando tinha perto da minha casa, então ía várias vezes.
Então quando entrei no circo Marcos Frota senti uma sensação inexplicável, e essa sensação sinto em todos os circos que freqüento. Tudo chamava a atenção e me fazia sentir-se bem, desde o cheiro de serragem, até o picadeiro, luzes, sons. Lembro que fiquei admirada com a Trupe Santiago do trapézio, formada por Michele, Netinho, Juninho, Beto, Mario, Elenice... Achava fantástico o trabalho deles, a Michele se tornou uma "ídola" para mim, lembro que ela fazia vários números, como na época a internet nos circos ainda não era como hoje, não consegui manter o contato com eles, e até hoje não achei (então até vai um apelo, se alguém souber, por favor me avisem), o Netinho e o Juninho já encontrei, mas a Michele esta difícil heheh!! Nesse circo consegui ir quatro vezes, porque conhecia o pessoal de uma academia que dançava no circo,assim conseguia ingresso.
A partir daí, todo circo que vinha em Joinville eu ia, como a timidez tomava conta, não conversava muito com o pessoal ainda, mas a vontade era grande. Os circos demoravam muito tempo para passar por aqui, depois do Marcos Frota apareceram os Irmão Power, Circo Portugal, Circo Àurea, nesses consegui ir apenas uma vez.
Então, em 2004 chegou o Circo Rodeio Hermanos Rodrigues, ficaram num bairro próximo, onde ia na casa de uma amiga dormir para poder ir ao circo, já que ficava mais perto, nesse circo comecei a fazer amizades, aliás fiz muitas amizades, pessoas muito queridas como Natália, Charrye, LuLu, Fernanda Rodrigues, enfim.... Essa família me recebeu muito bem, me deixavam ir ao circo quando quisesse. Depois mudaram para uma praça num terreno muito próximo da minha escola, eu ia até o Circo todos os dias de manhã, chamava no lado de fora do trailer minha amiga Natalia, e juntas íamos para a escola, já que o pessoal do circo estava estudando lá, para mim, nossa, era uma honra estar estudando na mesma escola que o pessoal do circo, e no final da aula eu sempre ia até lá, muitas vezes não entrava, mas só do fato de ter passado na frente do circo, parado na frente já estava satisfeita. Foram tardes visitando o circo, assistindo vários espetáculos, acho que uns 8 hehehe, até que o circo teve que partir, daí foi uma tristeza só, pois já tinha feito amizade com todos e na minha cabeça o pensamento era de como eu ia ficar sem o circo. Antes do circo ir, pedi muito para a Natalia ir na minha casa, o que fiquei muito feliz com sua visita, pois consegui levar alguém do circo para minha casa. Enfim o circo foi embora, e a tristeza tomou conta.
Depois, em 2005 apareceu o Le Cirque, o que fez me apaixonar mais ainda pelo mundo circense, com um circo maravilhoso, espetáculo diferente, tudo encantava, no momento que entrei no Circo aquela sensação estava tomando conta, pois era sensação de conforto, bem estar, sensação de que eu estava em casa, gente, não sei explicar mesmo, e assim é com todos os circos, não importa se é de bairro ou circo grande, estou lá para prestigiar.
Então depois o Le Cirque voltou. Depois vieram o circo do Beto Carrero (Angela), The Magic Circus, Circo Áurea, O mundo Mágico de Beto Carrero (Ticuito), Circo Bremer, Circo Moscou, Circo Show Brasil e Karton Circus.
Não vou descrever a história com cada um deles porque acho que não vai ter espaço no seu blog. Todos esses circos me encantaram e alimentavam minha paixão pela cultura circense, além de ter feito amizades maravilhosas, com pessoas que para sempre ficaram marcadas no meu coração, pelo carinho, respeito que me tratavam, com a alegria que me proporcionavam, pelo fato de me receber no circo, muitos de vocês deixam minha entrada livre e tenho que agradecer muito, pois assim não teria a oportunidade de ir tantas vezes e me sentir tão feliz, agradecer a todos pela paciência, porque sei que muitas vezes posso incomodar indo direto no circo, passando tardes, enfim, mas eu não consigo me controlar, EU PRECISO ESTAR NO CIRCO!
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NA PRÓXIMA SEMANA, O TEXTO DE CAMILA CORREA CONTINUA.

Um comentário:

Carolina disse...

Adorei a história, pois comigo também acontece do mesmo jeito.
Moro em cidade mas sou completamente apaixonada por circo. Quando chegam na minha cidade ou próximo eu vou logo correndo e não perco um dia.
Foi aí que descobri o blog " Circo News" que me deixa mais próxima de tudo que acontece.
Isso é circo, minha vida!