CIRCO NEWS

UMA HOMENAGEM ÀQUELES QUE DEDICARAM SUAS VIDAS À ARTE CIRCENSE E QUE HOJE JÁ NÃO ESTÃO MAIS ENTRE NÓS...

MESTRES DO PICADEIRO (1)

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Adolfo Ramon Foppoli

(Palhaço Petaco)

Foram 57 anos de vida. Destes, a maior parte alegrando e encantando crianças e adultos. Adolfo Ramon Foppoli trabalhou nos picadeiros dos circos Osvaldo Terry, Bremer, Espanhol, Real de México (Ar), Mundial (Ar), Cassino de Sevilla (Ar), e Latino (Py). Como todo grande profissional, tinha a mania de se preparar e estar maquiado e pronto para o trabalho uma hora antes do espetáculo. E só saía de traz da cortina quando o show acabasse. Fazendo chuva, ou sol, sempre foi assim. Aliás, foi por causa disso que seu filho percebeu algo estranho no dia 19 de junho de 2009. Era uma sexta-feira, e Juan Carlos já estava vendendo quando percebeu a ausência de seu pai no camarim. Ao entrar em seu trailer, Petaco já estava passando mal.

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UMA BREVE BIOGRAFIA

Argentino, nascido na cidade de Nogolla, província de Entre Rios, no ano de 1952, Petaco entrou para o circo aos 9 anos, quando passou a ser criado pela tradicional família argentina Guascone. Foi convidado pelo senhor Zelomar Guascone, pai de Oswaldo Terry para integrar seu circo, que estava de passagem por Nogolla. Desde então, nunca mais voltou a morar na cidade. Foi acróbata da cama elástica e especializou-se na parte cômica. Foi fazendo palhaçadas que Adolfo Ramon Foppoli tornou-se o famoso Petaco. No ano de 1979, ao realizar um show na cidade de Posadas, província de Missiones (AR), conheceu Maria Antonia Mancuello, com quem casou-se e teve 6 filhos: Luis, Cynthia, Juan Carlos, Yamila, Yanina, Leiza. Destes, somente dois continuam sua arte. Cynthia trabalha no Cirque XXI e Juan Carlos atualmente trabalha no Moscou.

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Petaco formava dupla com seu filho Juan Carlos, que no picadeiro se transformava em Pitoco. Nos países de língua espanhola em que trabalhou, suas reprises de maior repercussão eram a 'Sonâmbula' e a sátira de 'Pimpinela'. Na Argentina, ganhou um prêmio em 1984 por ser o único anão a saltar na cama elástica.

Morreu em 26 de julho de 2009, em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral) ocorrido 40 dias antes, no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Ná época, trabalhava no circo Magnum, onde era uma de suas maiores atrações.

DEPOIMENTOS:

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Jonas Santos: "Tive a honra por três anos, conviver diariamente com esta figura maravilhosa chamada Petaco. No convívio no circo, nas festas de aniversário de suas filhas gêmeas, e no picadeiro. Petaco era carismático. Petaco não trabalhava em circo somente porque era anão, isso seria uma atração especial, imaginem, um palhaço anão e estrangeiro. Ele era contratado porque era bom mesmo. Aliás, dos que já se foram, para quem os conheceu, me atrevo a dizer que Petaco era um dos melhores. Este foi meu convívio com esta maravilhosa pessoa humana no circo Bremer, onde o conheci e tive a honra de dividir centenas de vezes com ele o picadeiro."

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Edilson Lucas de Oliveira (Palhaço Tell): "Conheci o Petaco há muito tempo no circo da Dona Geni, Oswaldo Terry e depois reencontrei no circo do Alberto. Era um amigo muito bom, um colega, sempre ia em sua casa tomar um cafezinho. Eu trazia plantas pra ele e sinto muita saudade dele. Além de um bom palhaço, era um bom amigo, dono de um grande caráter."

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Juan Carlos Foppoli (Palhaço Pitoco): "PETACO: mais que um pai, meu melhor amigo. Desde criança, sonhava em ser parte do circo e compartilhar o picadero com ele. Quando tinha 12 anos, ele me pintou a cara e me comverti no palhaço Pitoco. Tudo o que aprendi devo à ele e agradeço tudo tudo o que aprendi nessa vida. Foi minha melhor dupla, me sentia muito feliz em trabalhar com ele, meu melhor pai e amigo: OBRIGADO POR TUDO PETACO!!!!"

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