sexta-feira, 21 de maio de 2010

E por falar nisso...

ESPECIAL CIRCO GARCIA - O REI DOS CIRCOS!
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UM POUCO DA HISTÓRIA DO GRANDE CIRCO QUE LEVOU O NOME DO
BRASIL À VÁRIOS CONTINENTES
O Circo Garcia, honrando o título que ele próprio se concedeu, foi o circo brasileiro de maior longevidade. Foi fundado no ano de 1928, em Campinas, por Antolin Garcia, que decidiu investir nas atividades circenses após adquirir experiência como ator no circo de Benjamim de Oliveira. E baixou de vez sua lona no ano de 2002, em São Paulo, às vésperas de completar 75 anos. No final dos anos 40, antecipando por quase uma década mudanças que ocorreriam nos picadeiros brasileiros, o Garcia deixou de ser circo-teatro e tornou-se circo de variedades. Sempre primou pela presença de animais em seu espetáculo, colaborando inclusive com zoológicos de várias cidades brasileiras. Nas últimas décadas, o Circo Garcia constituiu grupo numeroso de chimpanzés e orgulhava-se de ser um dos poucos locais do mundo em que esses animais procriavam em cativeiro. Percorreu várias vezes todo o território nacional e países vizinhos como a Argentina e o Uruguai e, de 1955 a 1965, com o nome de Circo Brasil, excursionou por quatro continentes: América do Sul, América Central, África e Ásia. O encerramento de suas atividades causou pesar em todo o país, mostrando que Garcia, o rei do circo, continua vivo na memória do grande elenco, artistas que participaram da companhia e do respeitável - e muito numeroso – público que prestigiou suas apresentações.
O Circo Garcia, o quarto maior do mundo e o mais famoso do Brasil fechou as portas depois de 74 anos de sucesso. Além do desemprego para os artistas, a crise gerou outro drama: o que fazer com os animais? Quem cuida deles e quem paga o custo da alimentação? Com dívidas que chegavam perto de R$ 1 milhão, o Garcia fez sua última apresentação em São Paulo e foi destaque dos mais variados programas de televisão: Na época, dona Carola disse em entrevistas: “Em 22 de abril fariam 50 anos que eu estou no circo. Se eu pudesse viver dez vidas, viveria dez outras vezes em circo, que é a melhor vida do mundo”. Em seu último espetáculo, uma despedida bem diferente dos grandiosas espetáculos dos anos 70, quando o Garcia não tinha de fazer força para ficar de pé. Importava animais e rodava o Brasil e o mundo todos os anos com uma trupe de 300 artistas. “O mais difícil é explicar a falência para quem nasceu, estudou e formou-se no circo. A convivência das pessoas no circo era de irmão com irmão” – falou o apresentador de espetáculos, Arisvaldo Rabelo. “O circo só vive de bilheteria. Nós artistas não podemos fazer nada. Isto é cultura para o país” – lamentou a malabarista Viviane Rabelo. Não foi só para o Circo Garcia que os ventos mudaram. Segundo o Ministério da Cultura, dos dois mil circos em atividade no país nos anos 80 restaram apenas 300.
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Um comentário:

Mágico Lorran disse...

Meu maior orgulho foi ter sido palhaço do Circo Garcia.

bons tempos com amigos como Zino, Ventinha, Geraldo Romero Venegas e otros.