sábado, 7 de fevereiro de 2015

Grandes Talentos / Rogério Piva - Parte 1

A partir de hoje, o blog Circo News irá destacar a trajetória e a história de vida de grandes talentos brasileiros. Artistas que se destacam dentro e fora dos picadeiros, e que ganham o mundo através da sua arte.

COMO O TALENTO E A DETERMINAÇÃO FIZERAM O MENINO DA PERIFERIA GANHAR O MUNDO E SER APLAUDIDO PELO PAPA FRANCISCO

ISTAMBUL, TURQUIA, JANEIRO DE 2015

Um brasileiro maroto, de sorriso fácil, gingado tropical e grande talento vem sendo aplaudido e ovacionado durante os espetáculos de um circo originado na Bulgária, que cumpre temporada na Turquia. O artista é um show-man, que encanta pela genialidade dos movimentos e pela marcante presença de palco.
Estamos falando do malabarista Rogério Piva. Aos 27 anos, o artista que é atração de destaque no Circo Sofia, já se apresentou em 17 países, ganhou diversos troféus em grandes festivais e foi aplaudido pelo Papa Francisco. Sem dúvida, Piva segue em uma carreira brilhante de sucesso. Mas nem sempre foi assim...
"Além de libertar, a arte não te deixa só. Ela é companheira e fiel!" 
Rogério Piva

SÃO PAULO, BRASIL, 27 ANOS ATRÁS
APÓS 3 MESES NO SEMÁFORO, PIVA TRABALHOU EM
PEQUENOS CIRCOS
Rogério Sodré Piva nasceu no dia 18 de agosto de 1987, em São Paulo, em uma família humilde, bem longe dos holofotes e dos aplausos. Seu primeiro emprego foi como carregador na feira da cidade. Trabalhou no bar da família, em uma fábrica de velas e foi flanelinha. Quando criança, frequentou escolas de circo, mas, como não passava por sua cabeça ser artista, ía somente para comer o lanche que era servido. Sem pretensão alguma, Piva brincava muito e nunca conseguia realizar nenhum dos exercícios.
Um dia, pegou três bolas de meias que sua mãe havia comprado e começou a jogá-las para o alto. Ao ver que levava jeito, trocou as meias por limões e percebeu que tinha o dom da arte. Nessa época, seus pais não aceitavam a idéia do filho ser artista, e lhe traçavam uma carreira administrativa.
"Fui descobrir o malabares com bolas de meias que minha mãe comprou na feira e em seguida treinei com limões. Depois um amigo chamado Josenildo me emprestou suas clavas feitas com cabos de vassoura. Comecei assim."
ROGÉRIO PIVA

Piva chegou a cursar dois anos de administração de empresas na faculdade, mas sabia que aquilo não era sua praia. Em 2002, conheceu Márcio Tápia, e passou a frequentar a Escola de Circo de Diadema, onde aperfeiçoou seu malabares e começou a amar o circo. Daí em diante, fazer malabares se tornou uma febre. Na ânsia de mostrar sua arte, foi para os semáforos de SP e em três meses, juntou dinheiro para comprar clavas, aros, pernas de pau e os primeiros figurinos. Com Edson Lins, o famoso Prego, começou a realizar shows em escolas e a conhecer gente de circo. Comprou um fusca ano 1975 e fazia shows em pequenos circos que trabalhavam na periferia do interior de São Paulo.
"Eu não tinha muita noção do que gostaria de ser. A escola nunca me deu essa aberturam pois na escola aprendemos apenas a decorar lições e obedecer ao professor. Acredito que a escola nos prepara para sermos máquinas do sistema em que vivemos. Era difícil descobrir uma vocação, imaginava muitas coisas, fiz muitas peças de teatro como protagonista. Eu acredito que sempre fui bom para interpretação."
ROGÉRIO PIVA

O PRIMEIRO EMPREGO EM UM GRANDE CIRCO
CIRCO VOSTOK, PORTO ALEGRE, 2011
Começava assim, a trajetória do show-man. Com a arte nas veias e o talento extrapolando os próprios limites, não demorou muito para Rogério Piva ser contratado por um grande circo. Em 2008, integrou o elenco do Circo Estoril e ganhou notoriedade. Foi um grande passo na carreira. Passou pelo Di Nápoli, Spacial e Vostok. Neste último, era anunciado como grande atração, ao lado das Águas Dançantes de Las Vegas. Ao sair do Vostok, colocou a mochila nas costas e resolveu se aventurar pelo Uruguai. Como quem não quer nada, mostrou suas habilidade para os proprietários do Circo Kroner e por lá ficou mais uma temporada, encantando os uruguaios.
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"Meus pais nunca me apoiaram, nunca aprovaram minha escolha, porém, nunca me proibiram. Fizeram pressão para eu parar ou arrumar um emprego e estudar. Sempre com o argumento de que ficarei velho e o que faria depois... Como se a dignidade de verdade fosse ter um emprego e uma universidade. Até cursei administração e trabalhei em algumas empresas, mas ainda bem, com muita reflexão e pensamento, deixei meu coração me levar, nunca mais me dediquei a outra coisa que não fosse arte."
ROGÉRIO PIVA

COMEÇA A JORNADA PELO MUNDO A FORA
Desprendido e despretensioso, o objetivo de Rogério Piva era mostrar seu talento nos semáforos, nas ruas de diversos países. Mas não foi isso que aconteceu.
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"Aprendi um significado pela arte na minha vida e seu poder de transformação. Mias que fazer malabares, existe um sentimento muito forte que move minha apresentação. Isso é sentido pelo público."
ROGÉRIO PIVA

CONFIRA A 2ª PARTE DESTA REPORTAGEM ESPECIAL NA PRÓXIMA SEMANA, NO CIRCO NEWS! 

8 comentários:

Anônimo disse...

Acho o Piva um exemplo. Grande artista, cheio de idéias, ótimo na parte profissional. É uma pena que para ser reconhecido e valorizado, ele teve que sair do seu país. E mesmo assim, leva com ele a nossa bandeira e a nossa cultura.

Wagner disse...

se tivesse no brasil estaria ganhando 200 real por semana. na europa ele ganha em dólar
Mas ele é sim o cara do momento

Anônimo disse...

PARABÉNS PIVA PELA FORÇA DE VONTADE E PELO TALENTO GRANDIOSO QUE VOCÊ TEM. nÃO É PRA QUALQUER UM CONHECER TANTOS PAÍSES E TRABALHAR NOS GRANDES FESTIVAIS
PARABÉNS

Vera C. Mendes disse...

Ótima matéria especial do Strapa. Quero ver a segunda parte logo

Anônimo disse...

grande piva sucesso pra vc

Anônimo disse...

os dois melhores malabaristas da atualidade um ainda no brasil o outro na europa CHAMADOS , DENIS SILVEIRA E ROGERIO PIVA fã dos 2 parabens meninos Abraços do jovani

Anônimo disse...

muito bom malabarista só tem um defeito demora muito o numero.melhor o publico dizer ja do que ainda?

Anônimo disse...

Colocou muito tradicional de circo no bolso gente boa e humilde ele merece