CIRCO NEWS

CANTINHO DA SAUDADE

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* Eu tenho saudade DE FAZER PROMOÇÃO NO CIRCO MOSCOU

"A primeira vez em que pisei num picadeiro de circo e apresentei meu número de malabares (péssimo, por sinal) foi no circo Super Star. Foi o meu primeiro contato no mundo do circo, e lá conheci muita gente boa, como o Pé, o Paulinho (palhaço Chevrollet), o Sílvio, o Marcelo, a dona Tereza, o seu João, a Sílvia e tantos outros. Depois, passei pelo circo Sarrasane, onde comecei a fazer locução e mais tarde, fiz shows em escolas com o grupo formado pelo seu Wagner e pela Netita. Mas foi no Circo Moscou que aprendi muito do que hoje sei sobre circo. Foi lá que eu passei a morar definitivamente no circo (antes, eu ficava somente os finais de semana no circo, e durante a semana, voltava para casa, pois estava na faculdade). Foi no Moscou que eu comprei o meu primeiro trailer, que eu comecei a fazer magia, que eu melhorei minha locução e mais do que isso: comecei a trabalhar na secretaria do circo e a fazer promoção. Mestre nesta arte, o Tititi me passou os macetes de como fazer promoção em circo. E graças à Deus, eu comecei a me dar muito bem nessa área. Só para citar um exemplo, em Charqueadas (RS), eu consegui um patrocínio de R$2.500,00 do mercado Bonatto. Claro, que nos dias de hoje, esse nem é um valor tão alto, mas eu estou falando do ano de 2001 e quando o circo Moscou não usufruia ainda de lona tencionada, elefante e globo com 8 motos. Naquela época, ainda estávamos construindo esse sonho, que hoje é uma bela realidade. Mas esse é um fato que sempre lembro, pois era época de páscoa e eu, com a minha comissão, enchi minha caminhonete de ovos de páscoa e levei para minha família. Claro que também distribuí para os amigos do circo. A cada mudança, eu colocava minha gravata e saía para as ruas, quase sempre junto com meu cumpadre Johnny, à caça de um bom patrocínio. É por isso que hoje, vendo o Moscou se tornando um dos maiores circos do país, fico feliz. Pois eu tenho a certeza de que com pelo menos uma estaca eu contribuí, e que, para mim e para a minha profissão, o Moscou foi uma grande escola."

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* Eu tenho saudade DOS PASSEIOS EM FAMÍLIA NO CARRO DO CABEÇÃO

"Em primeiro lugar, é importante esclarecer que Cabeção é o apelido do meu cunhado Gilberto, o primeiro da foto, da direita para a esquerda), integrante de trupe de percha fixa Urutã, do circo Spacial. Os passeios no gol branco dele foram inesquecíveis. Primeiro porque eu estava sempre ao lado da Sarah, a mulher que eu amo. E segundo porque sair do circo e viajar para qualquer lugar ao lado da Kézia, do Cabeção e da Sarah era algo extremamente divertido. Às vezes íamos para a casa da Sarah, às vezes íamos visitar outros circo, ou mesmo para ir até uma lanchonete para comer um lanche, o golzinho branco estava sempre à disposição. Na maioria das vezes, eu dirigia, pois o meu cunhado ainda não tinha sua carteira de motorista. Quando entrávamos no carro, uma coisa era sagrada: a Kézia ligava o som bem alto sempre com o CD do Bruno e Marrone. Era lei! E assim íamos cantando junto com a dupla, pelas estradas, conversando, comendo algum salgadinho, tomando refri e nos divertindo. Foi assim quando fomos para Sorocaba, buscar meu aparelho de magia, foi assim quando fomos na festa junina de Votorantin... E era sempre assim quando íamos no famoso Rei do Pernil, em Sorocaba. De vez em quando, a Kézia se estressava e gritava 'O disgraaaça!', mas logo voltava às boas e caía na risada. Bons tempos aquele de circo Spacial. Bons tempos aqueles em que para se divertir bastava fazer planos de viajar, reunir a família e entrar no carro do Cabeção!"

(Ah, bem no meio da foto aparece o meu outro cunhado, o Diego. Ele não foi citado no texto acima porque nunca viajou com a gente.)

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Eu sinto saudade DO CIRCO DO BETO CARRERO EM GUARATUBA

"Algumas praças ficam gravadas em nossa memória eternamente. É o caso de BH, de São José do Rio Preto, de Ilhéus, de Porto Alegre e de Guaratuba. Acho que a foto ao lado, mostrando a imensidão do mar azul e a beleza da lona, armada em um lugar privilegiado já diz tudo. Nesta cidade do litoral do Paraná, o Circo do Beto Carrero ficou um mês, junto com o parque do seu Lorival, uma pessoa muito bacana, simples e humilde, que nem parecia ser dono de um patrimônio tão valioso. Até eu, que não gosto muito de praia, me esbaldei com banhos de mar, ao lado da Sarah e de amigos como o Paraná e a Janaína. Nossa carreta moradia ficou em um camping bem perto do circo, e lá fizemos muitos churrascos, muitas festas e também amizades. Foi neste camping que festejamos o Natal de 2006 e a chegada de 2007. Quando o relógio apontou o primeiro minuto do ano novo, eu estava junto de amigos e da Sarah molhando os pés com as águas do mar e vendo os fogos de artifício, que clareavam e coloriam o céu estrelado. Em Guaratuba, fazíamos os desfiles pelas principais avenidas da cidade e pela Beira Mar, com os carros alegóricos de Beto Carrero. E o próprio Beto também desfilava. Eu dirigia uma das caminhonetes, a que transportava os meus amigos do Comando Maluco. Às vezes, atravessávamos de Ferry Boat até Caiobá para desfilarmos por lá. Os desfiles eram ótimos e enchiam de alegria os banhistas e veranistas daquelas praias. Mas Guaratuba também teve um lado negativo. Foi a última praça de Humberto Mello como gerente, e consequentemente, a última praça onde vivemos em paz nesse circo. Com a troca de gerente, o ambiente, antes perfeito, se transformou em algo que prefiro nem comentar. Mas mesmo assim, Guaratuba ainda recebeu o circo do Beto Carrero que quero guardar na minha memória. Aquele circo perfeito, que eu amava trabalhar. Um circo que era um verdadeiro paraíso!"